BNDES aprova operação de R$ 265,4 milhões com a Elejor

Dinheiro garante conclusão das obras do complexo energético da Copel que gerará quase 250 megawatts
Publicação
01/06/2005 - 15:14
Editoria
A área de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar) aprovou operação de aquisição de debêntures que irá resultar no aporte de R$ 265,4 milhões na Elejor – Centrais Elétricas do Rio Jordão –, subsidiária da Copel. A Companhia detém a concessão para construir e operar um conjunto de usinas nas proximidades de Guarapuava, com potência total de 245,9 megawatts – o suficiente para o atendimento a uma população de 600 mil pessoas. O repasse dos recursos será finalizado até agosto. As debêntures são conversíveis em ações, ou seja, se, ao final do prazo de vigência de 11 anos, os papéis não forem resgatados, a operação se transforma em aporte de capital, resultando em participação acionária do BNDESPar na Elejor. A remuneração das debêntures será de TJLP mais 4% ao ano, com carência de 4 anos e pagamento trimestral de juros. Garantia – O presidente da Elejor, Sérgio Luiz Lamy, avaliou a aprovação da operação como sendo a garantia dos recursos que assegurarão o término de todas as obras do complexo, tanto as de construção civil e de instalação de equipamentos, quanto os programas ambientais e sociais previstos. Estão previstos 33 projetos. Lamy destacou a participação do governador Roberto Requião no desfecho da operação, qualificando-a como “decisiva”. Segundo o presidente da Elejor, a negociação junto ao BNDESPar para o lançamento das debêntures vinha sendo negociada há alguns meses. “Graças ao bom trânsito do governador na esfera federal e à boa acolhida que os pleitos de interesse do Paraná por ele defendidos sempre tiveram, a operação foi muito bem sucedida”, disse. A presença da Copel como garantidora da operação também foi considerada fundamental por Lamy para o sucesso do negócio. O complexo energético em construção pela Elejor é formado pelas usinas de Santa Clara e Fundão, com 120 megawatts cada, e mais duas pequenas hidrelétricas incorporadas às barragens que adicionam 5,9 megawatts de potência ao conjunto. Santa Clara começa a produzir eletricidade no final de julho próximo – seu reservatório já está sendo formado – e Fundão, um ano depois. Os investimentos totais estão estimados em R$ 480 milhões, constituindo-se uma das principais obras do atual governo.

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