Avanços da agricultura do Paraná poderão ser compartilhados com o Paraguai

A idéia foi apresentada e defendida pelo secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, nesta quinta-feira (07) em Curitiba durante encontro com o cônsul-geral do Brasil em Cidade de Leste (Paraguai), Antonio Cruz de Mello, autoridades do país vizinho e técnicos da Secretaria
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07/12/2006 - 15:06
Editoria
Com o interesse em proporcionar um maior desenvolvimento econômico e social na região de fronteira entre o Paraná e o Paraguai, o Governo do Estado defende a prática de ações em diferentes setores da economia, com base no potencial da região, visando o seu fortalecimento. No caso do setor agropecuário, o desafio da Secretaria da Agricultura é compartilhar os programas e ações do Governo do Paraná com os municípios paraguaios situados na região de fronteira com o Estado. A idéia foi apresentada e defendida pelo secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, nesta quinta-feira (07) em Curitiba durante encontro com o cônsul-geral do Brasil em Cidade de Leste (Paraguai), Antonio Cruz de Mello, autoridades do país vizinho e técnicos da Secretaria. “Nosso Estado é bem-sucedido nos programas e ações que desenvolve no setor agropecuário. Por isso, acreditamos que essas iniciativas, colocadas em prática pela Secretaria da Agricultura, poderão contribuir para um maior desenvolvimento dos segmentos do setor naqueles municípios da região lindeira, localizados na fronteira entre o Paraguai e o Paraná”, comentou. Ribas destacou as oportunidades oferecidas pelo setor agropecuário do Estado. “Temos compromisso com o desenvolvimento sustentável. Por isso, nossos programas levam em consideração o ecologicamente correto, o economicamente viável e a justiça social”, disse. Entre os programas apresentados, foram ressaltados o Leite das Crianças, o Programa da Agroindústria Familiar “Fábrica do Agricultor”, além de ações desenvolvidas em relação ao crédito fundiário e em defesa dos segmentos da ovinocultura (criação de ovelhas), caprinocultura (cabras), pesca e aqüicultura. Ribas ressaltou que apesar de ocupar 2,3% do território nacional o Paraná responde por 19,5% da produção de grãos e 9% da produção agropecuária do País. A importância do setor agrícola do Estado também foi destacada pelo cônsul-geral Cruz de Mello. Segundo ele, é necessário reduzir as assimetrias que existem entre o Brasil e o Paraguai em vários setores. “É preciso que a fronteira possa garantir melhores condições de vida a seus habitantes”, afirmou. Segundo ele, um maior e melhor desenvolvimento da região impediria que o local continuasse a ser um cenário de rixas e violência, motivadas pelo contrabando. Cruz de Mello ainda destacou a importância da agenda positiva entre o Paraná e o Paraguai. “A iniciativa visa criar novas oportunidades, que possam gerar mais empregos e melhores rendas”, informou. Segundo o cônsul-geral, na região de fronteira entre os dois países, existem aproximadamente 1,3 milhão de pessoas. Para o presidente do Adiri (Agência de Desenvolvimento e Integração da Região de Itaipu), Breno Batista Bianchi, a maior aproximação entre os governos do Paraguai e do Paraná também possibilitará avanços na defesa sanitária. “Pretendemos desenvolver uma campanha em conjunto de vacinação contra a febre aftosa. A ação aconteceria nos municípios de fronteira”, comentou. Entre outros interesses que o Paraguai tem nas iniciativas do Paraná, está o uso de sementes desenvolvidas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). “Também temos interesse em apoiar o pequeno produtor. Assim, ele não deixa o campo e vai para a cidade”, concluiu.

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