Cresce o número de visitantes ao Museu Reinhard Maack, do Centro de Informações da Mineropar (CIM) Professor Riad Salamuni. A maioria é formada por alunos do ensino fundamental e médio. Estudantes de faculdades também fazem questão de visitar o museu. Em abril, o CIM registrou a presença de 569 estudantes contra 248 no mesmo período de 2007, alta de 129%. Cerca de 4 mil alunos, em média, visitam anualmente o museu da Mineropar.
A procura pelo Museu da Mineropar tem permitido que crianças, adolescentes e adultos tenham contato direto e prático com o conhecimento das Geociências e uma visão proveitosa da mineração.
Alguns alunos jamais visitaram um museu. É o caso da menina Francieli Luciana dos Santos, 11 anos, aluna da 5ª série do Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Neto, do bairro Moinho Velho, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. “Não sabia que muita coisa vem da mineração”, afirmou.
A visita ao Museu também quebra paradigmas. É o que ocorreu com a estudante Evelin Raiane dos Santos, também de 11 anos. Filha de pedreiro, Evelin disse que “aprendeu muito sobre as rochas” e concluiu que “a profissão do pai é importante”, pois ele “pode achar as rochas” para construir casas e edifícios.
Seu colega Alisson Marcel de Carvalho, também filho de pedreiro, disse que “não sabia que os cristais ficam dentro da pedra”. Já a menina Helena Rodrigues Santos, 12 anos, também aluna do Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Neto e neta de funcionário de um museu paranaense, onde nunca esteve, disse que “não sabia nada sobre rochas”.
Em sua visita ao museu, Alessandro Mendonça Junior, 10 anos, disse que gostou do microscópio e que viu o instrumento pela segunda vez na vida. O microscópio também foi o equipamento que mais chamou a atenção de Guilherme Santos Ferreira, 10 anos, na visita ao museu.
David Lucas Pereira, 12 anos, afirmou que o museu lhe chamou a atenção porque “tem várias coisas legais” e gostaria de voltar à Mineropar. Tanto Alessandro como David são alunos do Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha.
APRENDIZADO LÚDICO – A visita dos alunos à Mineropar é dividida em duas etapas. Enquanto uma turma visita o museu, outra participa de um jogo pedagógico no auditório da empresa, cujo objetivo é compartilhar e revisar o conhecimento das Geociências de uma maneira mais prazerosa com os alunos.
O jogo foi introduzido pela monitora do CIM e estudante de Pedagogia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Márcia Letícia da Silva, sob a orientação da professora Francine Marcondes Castro Oliveira. Ele envolve perguntas e respostas, cores e disputa em equipe e, para ser implantado na Mineropar, os autores consultaram livros didáticos e as diretrizes curriculares da Secretaria de Estado de Educação do Paraná.
O jogo ganhou destaque entre as crianças e adolescentes que visitam a Mineropar devido a seu processo lúdico. O menino Guilherme Santos Ferreira, 10 anos, aluno da 5ª série da Escola Estadual Bento Munhoz da Rocha, de Colombo, achou “a aula e a brincadeira muito legal”. A monitora Márcia Letícia destaca que a importância do jogo no aprendizado é que, além de não haver punição (os estudantes só ganham ou deixam de ganhar pontos), é realizada uma revisão do aprendizado dos alunos nas escolas.
Na avaliação da monitora do CIM e aluna de Geografia da UFPR, Elu Patrícia da Silva, 23 anos, a visita dos alunos à Mineropar proporciona uma maior absorção dos conteúdos escolares. “Eles conseguem visualizar e abstrair os fenômenos que aprendem na escola e os auxilia no processo de aprendizagem”, afirma.
Já a monitora e também estudante de Geografia da UFPR, Janaína de Oliveira, 25 anos, destaca que o resultado das visitas dos alunos é sentido por meio dos professores que retornam à Mineropar. “Eles dizem que aprendem a trabalhar melhor o conteúdo das Geociências em sala de aula”.
A pedagoga da Escola Estadual Bento Munhoz da Rocha, de Colombo, Jaqueline Dubski, observa que tanto o jogo como as aulas no museu proporcionam aos alunos um aprendizado diferente do tradicional. “O que eles aprendem aqui é para o resto da vida. O jogo desenvolve melhor o aprendizado, foge da rotina e desperta o interesse dos alunos”, avalia.
O monitor da Mineropar e estudante de Geologia da UFPR, Fábio Maciel Pinto, 23 anos, acompanhou os alunos do colégio de Colombo na visita ao museu. Ele desenvolveu um projeto de pesquisa para educadores, que facilita o ensino de Geociências aos estudantes. Nas visitas ao museu, tanto Fábio como os outros monitores procuram associar os produtos da mineração e os acontecimentos ou eventos geológicos como terremotos, maremotos, vulcões ou tsunâmis à realidade do Planeta.
A bibliotecária responsável pelo CIM, Marlene Martelli, ressalta a importância da visitação dos alunos à Mineropar sob sua supervisão e com a ajuda de oito monitores, todos estudantes de Geologia, Geografia e Pedagogia. “Ao virem à Mineropar, os alunos têm a oportunidade de relacionar a Geologia e a mineração ao seu cotidiano, conscientizando-se para a preservação do meio ambiente”, avalia.
MUSEU – O Museu Reinhard Maack do Centro de Informações Minerais da Mineropar Professor Riad Salamuni é um espaço com vários ambientes ligados às Geociências, principalmente à Geologia, cujo projeto foi desenvolvido pelo geólogo da empresa, Luís Tadeu Cava.
Esses ambientes possuem estandes com rochas e réplicas de fósseis, perfis de solos, produtos da mineração, incluindo a construção civil, maquetes - como a representação das camadas internas da Terra e o Ciclo das Rochas -, camadas da Terra, vulcão, magma, entre outros elementos da Geologia. O ambiente do museu aborda temas como “O Paraná e a Geologia Global”, “Perfis dos Solos do Paraná”, “Evolução da Vida”, “Geologia x Meio Ambiente”, “Estudo da Geologia”, “Uso dos Minerais”, “Ciclo das Rochas”, “Recursos Minerais do Paraná”, “Sistemas Energéticos e Ambientes Sedimentares”, “Tectônica de Placas – Deriva Continental”, “O Sistema Solar”, “Constituição do Planeta Terra”, “Ciclo Hidrogeológico/Erosão” e “Falhamentos e Desdobramentos”.
Serviço: as visitas ao Museu da Mineropar podem ser agendadas com o Centro de Informações Minerais, por meio do telefone (41) 3351-6916