Aumenta inclusão de portadores de deficiência no mercado de trabalho

Durante o ano de 2005, mais de mil trabalhadores com deficiência ingressaram no mercado através da Agência do Trabalhador de Curitiba
Publicação
08/12/2005 - 15:54
Editoria
Uma reunião de avaliação do Programa de Apoio para Pessoas com Deficiência (PPD), na Agência do Trabalhador de Curitiba, apontou um número recorde na colocação de trabalhadores com necessidades especiais no mercado de trabalho. “Não fechamos o mês de dezembro ainda, mas já é possível constatar que ultrapassamos o número de mil trabalhadores colocados no mercado de trabalho durante este ano de 2005”, informa a gerente da Agência do Trabalhador de Curitiba, Elaine Anderle. No Paraná, até novembro, haviam sido colocados 1.621 trabalhadores deficientes. Os relatórios da agência apontam também um aproveitamento de 75% das vagas disponíveis na Agência de Curitiba para essa parcela de trabalhadores. “Essa é uma porcentagem muito boa, que não se vê em nenhum outro lugar do Brasil”, afirma o coordenador do PPD no Paraná, José Simão Stczaukoski. Ele afirma que essa é uma “evolução no mundo de diversidades, que está passando por cima de preconceitos. E grande parte dessa mudança é mérito da Delegacia Regional do Trabalho, juntamente com a Secretaria do Trabalho e o Ministério Público, que têm chamado a atenção dos empresários para a responsabilidade de incluírem o deficiente no mercado de trabalho e isso tem se refletido na colocação desses trabalhadores”. Para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Padre Roque Zimmermann, o empresário quer produtividade e o trabalhador, trabalho. Uma das dificuldades que ainda se encontra é a questão da qualificação que, tanto para as pessoas com deficiência quanto para outras, é fundamental”, afirma. Aliás, a capacitação é um problema que, segundo Simão, começa a receber atenção dos empresários paranaenses. “Alguns já disponibilizam de capacitação para os futuros funcionários, o que ajuda bastante na colocação de mais pessoas no mercado de trabalho”, avalia o coordenador do PPD.