Audiências públicas para uso do Aquífero Karst continuam esta semana

Novas reuniões serão realizadas em Itaperuçu, Campo Magro e Campo Largo
Publicação
07/07/2009 - 15:04
Editoria
As audiências públicas para o licenciamento ambiental da atividade de abastecimento de água na região do Aqüífero Karst estão sendo retomadas em três novos municípios. Nesta terça-feira (7), a reunião aconteceu em Itaperuçu, na Entidade Monte Horebe. Na quarta-feira (8) o encontro será em Campo Magro, no salão paroquial da Igreja Matriz, e na quinta-feira (9) em Campo Largo, no auditório da Prefeitura Municipal. O objetivo dos encontros é possibilitar que todos os segmentos das comunidades abastecidas com a água subterrânea conheçam as particularidades do Aquífero Karst e tenham acesso a informações sobre os projetos da Sanepar para a extração da sua água, bem como dos dados levantados no Estudo e no Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). Durante os eventos, a população tem a oportunidade de fazer sugestões para subsidiar o procedimento de licenciamento ambiental da exploração do aquífero. Na semana passada, a rodada de debates foi realizada em Almirante Tamandaré, Colombo e Bocaiúva do Sul. A realização das audiências públicas é o primeiro passo que a Sanepar dá no sentido de ter a primeira exploração de um aqüífero no Brasil com licença ambiental, mesmo com a legislação atual não exigindo tal procedimento. Assim, também num processo inovador para o licenciamento, a empresa vem trabalhando em parceria com outros órgãos estaduais, como Suderhsa, Comec e Mineropar, e colhendo sugestões de outras esferas, como Ibama e Ministério Público. As áreas técnicas e executivas das prefeituras municipais também participam diretamente na obtenção das informações técnicas sobre o aquífero e sobre o sistema de abastecimento público baseado nele. Segundo Maria Arlete Rosa, diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, as audiências fazem parte de um conjunto de medidas para a exploração sustentável do Aquífero Karst. Além disso, elas permitirão harmonizar a necessidade de fornecimento de água tratada à população e as exigências ambientais feitas pelo Ministério Público, Ibama e ONGs ecologistas. ”Buscamos um processo transparente e, por isso, estamos promovendo a integração de todos os órgãos e pessoas ligadas ao tema. Só assim poderemos definir o papel e as responsabilidades de cada um na exploração desse recurso natural”, explica Arlete Rosa. O licenciamento do Aquífero Karst é discutido num momento oportuno, já que a Sanepar precisa planejar a longo prazo as alternativas para garantir a oferta de água tratada à população da RMC, que terá em 2025 mais de 5 milhões de habitantes. Só para se ter uma idéia, as populações de Bocaiúva do Sul e Itaperuçu dependem 100% da água do aquífero e, no caso desta última, há um déficit de 29 litros por segundo. Ao todo, estão ativos 35 poços no Karst com uma produção de 523 litros por segundo, enquanto a demanda atual dos seis municípios é de 1.422 l/s. A diferença é suprida pelos mananciais de superfície do Sistema Integrado de Curitiba.