Atuação da Cohapar transforma a história de vida de ex-favelados

“Falar em sonho da casa própria parece lugar comum, mas não é. Um lar é o bem mais importante para a realização de uma família”, lembra o presidente da Cohapar, Rafael Greca.
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23/11/2009 - 11:50
Editoria
A atuação da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) nas 344 cidades do Estado poder ser traduzida nas histórias de vida das 23.869 famílias beneficiadas com casas urbanas ou rurais, como é o caso de José Felix dos Santos, 72 anos, que ocupava a única favela da cidade de Farol, região Centro Oeste do Estado. O município possui 3,4 mil habitantes. Ele vivia sozinho em situação de extrema pobreza, num barraco, sem água e sem luz. Com alguns tijolos e uma tampa de ferro improvisava um fogão. “Eu tinha o sonho de um dia ir para uma casa de verdade, no meu nome, e a essa altura da vida estou conseguindo realizar esse desejo que já estava adormecido”, diz Felix. “Falar em sonho da casa própria parece lugar comum, mas não é. Um lar é o bem mais importante para a realização de uma família. Por isso, seguindo a determinação do governador Roberto Requião, a nossa prioridade é construir casas para quem vive em condições de extrema pobreza, em áreas de risco, que têm renda mensal de até dois salários, em pequenos municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). E estamos cumprindo a nossa missão”, explicou o presidente da Cohapar, Rafael Greca. Sozinho, Ângelo Aparecido Pereira de Caldas construiu, no município de Goioerê, Distrito de Jaracatiá, um barraco de chão batido coberto com lona para criar os quatro filhos. Em outubro deste ano ele recebeu a chave da sua casa, construída pela Cohapar. Na entrega, as mais felizes eram as crianças. “Agora temos uma casa bonita e limpa, com banheiro. A alegria dos meus filhos é a minha maior felicidade”, comemorou Ângelo. Goierê tem aproximadamente 30 mil habitantes. Em Cascavel, em outubro deste ano, o governador Requião inaugurou o conjunto habitacional Sanga Funda, com 288 casas, para as famílias que viviam em uma ocupação irregular no Jardim Gramado. Entre os beneficiados, Maria Aparecida Pereira da Silva Portela comemorou a conquista da casa própria ao lado do marido e dos três filhos. O barraco que morava era de tábuas remendadas que, junto com pedaços de telhas e lonas, não conseguia proteger a família da chuva e do e frio.“É claro que viver dessa maneira nunca foi nosso desejo, mas não tínhamos condições de pagar aluguel. Agora temos um lugar decente para viver e que vamos ter condições de pagar”, desabafou Joari, marido de Maria. A maioria das famílias beneficiadas é de catadores de lixo reciclável e viveram na ocupação por cerca de 10 anos. As famílias que recebem até dois salários pagam parcelas de, em média, R$ 50,00, em seis anos (72 meses). Ao mudarem para as casas, esses mutuários já estarão incluídos nos programas sociais do governo do Estado, destinados a pessoas mais carentes, como o Leite das Crianças, Luz Fraterna, da Copel, e Tarifa Social, da Sanepar.

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