A atuação da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) na implementação de políticas públicas voltadas para as populações de baixa renda no bairro Guarituba, em Piraquara, recebeu destaque no boletim número 11, ano II, do Informes do Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano. O projeto “Guarituba da Favela ao Bairro Novo” foi premiado com o Selo Mérito 2007, destinado às instituições que contribuem para o aperfeiçoamento do ambiente destinado à população de baixa renda. O prêmio foi entregue durante a 54º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, realizado entre os dias 23 e 25 de abril, em Maceió (AL). O presidente da Cohapar, Rafael Greca, apontou, em sua palestra no Fórum, que o Fundo de Compensação de Variação Salarial (FCVS) vem gerando endividamentos às Cohabs desde 1994, com a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH) e a transferência da política de financiamento para a Caixa Econômica Federal. Os secretários de habitação determinaram a criação de um grupo de trabalho liderado pelo presidente da Cohapar, pelo presidente da ABC (Associação Brasileira de Cohab’s), Alvaro Lourenço, e pelo presidente da Companhia de Habitação de Minas Gerais, Teodoro Alves Lamounier, que vai renegociar as dívidas do extinto BNH junto ao Governo Federal. O grupo já deu andamento às discussões e agendou para 29 de maio, em Brasília, segundo determinação do Secretário do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustin Filho, um encontro para discutir as novações de FCVS, o que abrirá, somente para Cohapar, uma perspectiva de reembolso de créditos já novados de R$ 136 milhões. A Cohapar tem ainda a serem novados títulos no valor de R$ 392 milhões, em processos suspensos no FCVS. “Se somarmos R$ 136 milhões a R$ 392 milhões o resultado seria de R$ 528 milhões. Fosse este valor corrigido a taxas de 6% a 8% ao ano, poderíamos chegar aos R$ 592 milhões que nos são cobrados como “devidos à Caixa”, explicou Greca. A Cohapar, por decisão da Secretaria do Tesouro Nacional, teve todos os seus processos de novação de títulos do FCVS suspensos. Estes processos de novação somam R$ 136 milhões.