Durante o 2a Seminário Avançado de Biodiversidade, realizado no início desta semana em Faxinal do Céu, cerca de 400 professores aprenderam atividades práticas para estimular a conservação da diversidade biológica que podem ser facilmente reproduzidas com seus alunos. O evento foi promovido pelo Programa Paraná Biodiversidade, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Uma das atividades que chamou a atenção dos participantes foi a oficina ‘Reciclando Esperança’, em que foram montados elementos da flora e da fauna paranaense com materiais recicláveis – como araucárias, perobas, onças e antas. A professora da escola municipal Geraldo Batista Chaves (em Vera Cruz do Oeste), Sirley Caovilla, fez uma araucária com jornal e comentou a importância de atividades como esta. “Com o que aprendi na oficina poderei conversar com meus alunos de forma mais clara sobre temas como biodiversidade e recursos hídricos”, disse. “O que parece uma brincadeira divertida trata temas sérios e importantes para a preservação da natureza”, acrescentou. Ao final da oficina, os professores utilizaram os elementos montados com material reciclável em uma peça teatral sobre biodiversidade e corredores ecológicos. Fora da sala - Outra atividade prática foi a trilha interpretativa, em que os professores aprenderam a trabalhar em áreas naturais, fora da sala de aula. Durante o percurso, foram repassadas informações sobre agricultura impactante, queimadas, assoreamento, espécies invasoras entre outros temas comuns à região dos corredores. As visitas de campo também levaram os professores até algumas propriedades rurais dos módulos agroecológicos – que receberam apoio do Programa Paraná Biodiversidade para desenvolver práticas agrícolas menos impactantes, harmonizando questões de ordem ambiental e agrícola. Uma das propriedades visitas pertence a João Maria de Oliveira, que faz parte de uma cooperativa de apicultores implantada com recursos do programa. Segundo ele, o apoio do Paraná Biodiversidade foi fundamental para a conversão da propriedade. “O programa investiu na construção de uma casa de mel, para coleta e beneficiamento do produto. Também ganhamos dez caixas individuais, que já estão devidamente instaladas e produzindo dez quilos de mel a cada 60 dias”, disse João. Na visita, os professores passearam por toda a propriedade. “Durante a caminhada, João foi nos contando o nome das árvores nativas em sua propriedade, como imbuias, araucárias e tantos outros nomes que geralmente só vemos nos livros”, disse a professora Maria Regina Calistro.