Associação Brasileira destaca isenção do pedágio aos motociclistas no Paraná

Já sancionada pelo governador Roberto Requião, a isenção começa a vigorar depois da publicação no Diário Oficial do Estado, o que deve ocorrer nos próximos dias; só no Paraná, a lei vai beneficiar mais de 606 mil motos e motonetas
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13/12/2007 - 17:10
Editoria
A Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), entidade que reúne mais de 40 mil motociclistas em todo o país, informou nesta quinta-feira (13) que a lei paranaense que isenta as motos e motonetas do pagamento de pedágio é um exemplo para o país. Já sancionada pelo governador Roberto Requião, a isenção começa a vigorar depois da publicação no Diário Oficial do Estado, o que deve ocorrer nos próximos dias. Somente no Paraná, a lei vai beneficiar mais de 606 mil motos. “Nós somos contra o pagamento de pedágio para motos e ficamos muito felizes que o Paraná tenha tomado essa medida. É uma antiga reivindicação da Abram e que se justifica já que a moto ocupa ¼ do espaço do carro na via, pesa muito menos e não causa desgaste no pavimento”, afirmou o presidente da Associação, Lucas Pimentel. Segundo Pimentel, a alegação de que o pedágio cobrado de motos se justifica pois os motociclistas sofrem muitos acidentes e requerem atendimento por parte das concessionárias, “não tem fundamento”. Ele explicou que os valores pagos pelos motociclistas anualmente no seguro DPVAT (Danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre) cobrem esse tipo de gastos. “O motociclista paga hoje o seguro obrigatório de R$ 184, que é 130% acima do valor que o motorista paga. Se houver um acidente na rodovia, quem fizer o primeiro atendimento tem acesso a parte dos recursos que são angariados pelo DPVAT. A concessionária ao fazer o atendimento tem esse direito”, detalhou. O presidente da Abram reforçou que a cobrança de pedágio prejudica milhões de motociclistas no país. De acordo com dados da Associação, no Brasil 25% dos proprietários de motos utilizam os veículos como ferramenta de trabalho. Já nas cidades de menor porte, esse número pode chegar a 40%. “Não se pode pensar na praça de pedágio somente para o cidadão que viaja. Há diversos pedágios dividindo pequenas cidades do interior do país. Nessas situações, o trabalho de quem utiliza motos fica bastante prejudicado”, disse. “São os entregadores que movimentam boa parte da economia do país. O motoboy é muito prejudicado pelo pedágio, principalmente nas cidades de pequeno porte que possuem praça de cobrança próxima ou dentro do seu território”, completou o representante da Associação Brasileira de Motociclistas. BOX Associação luta por lei federal que isenta as motos de pedágio Desde sua fundação, em 1997, a Associação Brasileira de Motociclistas (Abram) reivindica a isenção de pedágio para motos. Por iniciativa da Abram e de outras associações está em andamento na Câmara Federal em Brasília um projeto de lei que desobriga as motos de pagar de pedágio nas rodovias federais pedagiadas. “É um projeto que está em tramitação mas que já passou um primeira discussão”, disse o presidente da Associação, Lucas Pimentel.

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