Assentamento homenageia Dia Mundial da Água

O evento foi promovido em Londrina pelos governos estadual e municipal, que querem tornar o local uma referência regional de proteção às fontes de água no campo
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22/03/2005 - 16:40
Editoria
As 42 famílias do assentamento agrário Fazenda Akola participaram hoje da manhã (22/03) de educação ambiental em comemoração ao Dia da Água, promovida pelos governos estadual e municipal, que querem tornar o local uma referência regional de proteção hídrica no campo. Ao repetirem pelo segundo ano as comemorações do Dia da Água no Assentamento Fazenda Akola, no distrito londrinense de São Luiz, as instituições oficiais e parceiras que trabalham diretamente na preservação ambiental mostram a mudança de foco. Querem sair da promoção de eventos educativos urbanos e realizar um intenso e bem definido cronograma mensal de trabalho com as 42 famílias, para comprovar que é possível atuar sem sobreposição de esforços e assim obter resultados concretos, necessários para qualificação do ambiente rural produtivo. Para o integrante da comissão organizadora, Sérgio Roberto Bahls, da Sanepar, “tudo que for feito no campo vai refletir na cidade”, fazendo alusão da necessidade de matas ciliares ao longo no Rio do Cerne que passa pelo assentamento e que é afluente do Rio Taquara, já que este desemboca no Rio Tibagi, na captação de água que abastece a população de Londrina. O assentamento Fazenda Akola - nome que em dialeto africano significa forte, resistente – nasceu em 25 de outubro do ano 2000 com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário, através do extinto Programa Banco da Terra, atual Crédito Agrário, que liberou recursos de R$ 1.465.213,40 para aquisição de 485,64 hectares, entregues às 42 famílias de trabalhadores rurais sem terra, selecionadas pela vocação agrícola. Hoje, elas moram em casas de alvenaria, com energia elétrica, água encanada e produzem hortaliças, soja, milho, cará, mandioca, bata-doce, além de pequenas criações para abastecimento familiar. O assentado Antônio Carlos Gandorf, morador do lote 34, de 12,1 hectares e integrante da Associação dos Produtores da Fazenda Akola, reconhece a importância da água na viabilidade econômica e social do assentamento. Lembra que a água potável distribuída em 35 residências é de um poço artesiano, financiado pelo Programa Paraná 12 Meses no valor de R$ 34 mil, e as demais sete moradias contam com água de minas. “As 14 famílias que produzem hortaliças utilizam a irrigação com água do Rio do Cerne, como fator tecnológico recomendado”, destaca Gandorf. Para o geógrafo Paulo Roberto Mrtvi, chefe da unidade municipal da Emater de Londrina, esta iniciativa da comissão organizadora das instituições oficiais de centrar esforços da educação ambiental no campo mostra que a preocupação está na direção certa. “É no campo que a chuva cai, faz erosão que leva sedimentos da produção rural como contaminantes aos rios fornecedores de água às cidades”, assegura Mrtvi, lembrando que nesta data os temas para sensibilizar os agricultores familiares para a proteção dos rios, passam pelo planejamento conservacionista com todas as práticas corretas que visam o desenvolvimento sustentável das famílias e do ambiente produtivo. Mrtvi garante que isto só é possível com a participação ativa dos assentados e atuação direta das secretarias municipais e estaduais de Meio Ambiente, Saúde, Educação, Agricultura e demais órgãos como Iapar, Sanepar, Copati e Promotoria Pública. Na região - A Emater relata também uma extensa agenda comemorativa realizada em parceria, durante o dia 22 nos 19 municípios integrantes da região de Londrina, destacando o envolvimento de sete escolas no concurso municipal de frases em Alvorada do Sul; lançamento do Projeto de Recuperação e Conservação de Mananciais do Córrego Marbu, afluente do Ribeirão Cafezal, em Rolândia; plantio de 500 árvores nativas nas margens das represas de Prado Ferreira; visitas de autoridades, lideranças e escolares nas unidades demonstrativas de proteção ambiental e ao viveiro municipal, em Jaguapitã; plantio de mudas nativas por escolares do 2o grau na unidade de matas ciliares de Pitangueira; lançamento do Projeto Mata Ciliar do Riacho Sabãozinho, com plantio de 500 mudas, além de plantio de 1.000 mudas às margens do Riacho Jacutinga, em Ibiporã; reunião municipal de produtores rurais para recomposição das matas ciliares de Miraselva; plantio de 4.000 mudas de árvores nativas nos córregos Guará e Guarazinho, onde está a estação de tratamento de água da Sanepar, em Bela Vista do Paraíso; visitas organizadas com plantios de árvores no Pesqueiro Sávio e nas margens do rio Centenário, em Centenário do Sul, e palestras com plantio de mudas na comunidade Congo, em Porecatu. EMATER-Paraná – LONDRINA, 22 de março de 2005 Assessoria Regional de Comunicação e Marketing – Jornalista Sérgio Henrique Schmitt (43)3341-1411

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