Em Quedas do Iguaçu, oeste do Paraná, 45 famílias de agricultores que moram no assentamento da reforma agrária Celso Furtado investirão em piscicultura como alternativa de diversificação e de geração de renda para as suas propriedades. O trabalho tem orientação de profissionais o projeto de assistência técnica, econômica, social e ambiental desenvolvido em parceria com a Emater, Incra e Fundação Terra.
O projeto tem o apoio financeiro do Ministério da Pesca e Aquicultura e da Prefeitura do Município. Instituições como a Universidade Federal da Fronteira Sul (campus de Laranjeiras do Sul) e a empresa Tractebel, que administra a Usina hidrelétrica de Salto Osório, também colaboram com a iniciativa.
Os agricultores, organizados na Associação dos Piscicultores Ecológicos de Quedas do Iguaçu, usarão as águas da represa hidrelétrica de Salto Osório para conduzir as criações no sistema de tanques-redes, usando a espécie tilápía.
A concessão de uso do recurso natural foi dada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura para um período de dois anos. “A criação será considerada unidade demonstrativa, por isso teve a licença facilitada. Durante a sua condução, temos o compromisso de avaliar, além dos resultados econômicos, os possíveis impactos sobre o meio ambiente”, disse o extensionista responsável pela organização dos produtores e definição e orientação do projeto, Valmir José de Souza.
PARCERIA – Um convênio firmado entre a Prefeitura e o Ministério da Aquicultura e Pesca garante a liberação de R$223 mil para apoiar a experiência dos agricultores. Deste total, R$200 mil é viabilizado através da apresentação de emenda parlamentar ao Orçamento da União e R$ 23 mil contrapartida do Poder Municipal.
O dinheiro servirá para a aquisição das gaiolas e dos alevinos de tilápias. “A licitação para a compra deverá ser feita logo após o período eleitoral. Os novos piscicultores precisam aproveitar o período mais quente do ano para obter melhor produtividade nas criações. A idéia é fazer o povoamento dos viveiros até dezembro”, relata Valmir.
Os recursos assegurados são suficientes para a compra de 150 tanques-redes e 250 mil alevinos. Segundo o técnico do projeto ATES/Incra/Emater/ Fundação Terra isto não significa que tudo será implantado ainda neste ano. “Depende da capacidade financeira dos próprios agricultores que investirão na compra da ração para os peixes, embora o Incra tenha acertado a liberação de crédito do Pronaf com limite de até R$ 5 mil para cada família tocar o projeto”, conta Valmir. A expectativa é ter a produção anual de 150 toneladas de pescado.
TREINAMENTO – Enquanto aguardam os equipamentos para implantar as criações, os assentados não perdem tempo e buscam a capacitação profissional no campo da piscicultura. No início de julho, agricultores participaram do curso de cultivo de tilápias em tanques-redes. O treinamento tratou da escolha do local para a instalação dos tanques-redes, qualidade da água, manejo da criação e colheita e comercialização do pescado.
O assentamento Celso Furtado tem 1.083 famílias de agricultores e foi criado entre 2004/2005. As terras pertenciam a uma indústria de papel e celulose. Por isso, boa parte da área ainda é ocupada por florestas plantadas. A principal fonte de renda dos agricultores hoje é a extração de resina feita nos plantios de pinus e da bovinocultura de leite, conduzida em espaços abertos. “A piscicultura desenvolvida em tanques-redes será uma importante alternativa de renda para essas famílias e representa um marco histórico para a agricultura da região”, afirma Valmir.
AÇÃO – O assentamento tem 10 extensionistas. Em outros 215 projetos da reforma agrária existentes no estado atuam mais 129 profissionais. No total, são atendidas cerca de 11,8 mil famílias assentadas.
Segundo o diretor-técnico da Emater, Ademir Antonio Rodrigues, os assentamentos, principalmente os criados mais recentemente, enfrentam dificuldades que vão desde a rusticidade das moradias até a escassez de serviços básicos de educação, transporte, saneamento e lazer. “São serviços que o poder público supre aos poucos, mas a introdução de alternativas de renda, como essa adotada pelas famílias de Quedas do Iguaçu, contribui para que os produtores também possam investir na melhoria da qualidade de vida de suas famílias”, diz.
Na avaliação do dirigente do Instituto, a ação dos técnicos do projeto colabora, para que diversas políticas públicas criadas para atender o agricultor familiar cheguem até os assentamentos. “É o caso do crédito do Pronaf e dos programas de aquisição de alimentos. Os extensionistas, além de divulgar essas políticas públicas, organizam o produtor para que de forma coletiva possam acessar os benefícios ofertados. E o processo de organização, na seqüência, pode se tornar a solução para o enfrentamento de outros desafios, tanto no campo da produção agropecuária quanto na busca por mercados, na agregação de valor aos produtos colhidos e realização de investimento em infraestrutura social”, afirma Ademir Rodrigues.
O projeto tem o apoio financeiro do Ministério da Pesca e Aquicultura e da Prefeitura do Município. Instituições como a Universidade Federal da Fronteira Sul (campus de Laranjeiras do Sul) e a empresa Tractebel, que administra a Usina hidrelétrica de Salto Osório, também colaboram com a iniciativa.
Os agricultores, organizados na Associação dos Piscicultores Ecológicos de Quedas do Iguaçu, usarão as águas da represa hidrelétrica de Salto Osório para conduzir as criações no sistema de tanques-redes, usando a espécie tilápía.
A concessão de uso do recurso natural foi dada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura para um período de dois anos. “A criação será considerada unidade demonstrativa, por isso teve a licença facilitada. Durante a sua condução, temos o compromisso de avaliar, além dos resultados econômicos, os possíveis impactos sobre o meio ambiente”, disse o extensionista responsável pela organização dos produtores e definição e orientação do projeto, Valmir José de Souza.
PARCERIA – Um convênio firmado entre a Prefeitura e o Ministério da Aquicultura e Pesca garante a liberação de R$223 mil para apoiar a experiência dos agricultores. Deste total, R$200 mil é viabilizado através da apresentação de emenda parlamentar ao Orçamento da União e R$ 23 mil contrapartida do Poder Municipal.
O dinheiro servirá para a aquisição das gaiolas e dos alevinos de tilápias. “A licitação para a compra deverá ser feita logo após o período eleitoral. Os novos piscicultores precisam aproveitar o período mais quente do ano para obter melhor produtividade nas criações. A idéia é fazer o povoamento dos viveiros até dezembro”, relata Valmir.
Os recursos assegurados são suficientes para a compra de 150 tanques-redes e 250 mil alevinos. Segundo o técnico do projeto ATES/Incra/Emater/ Fundação Terra isto não significa que tudo será implantado ainda neste ano. “Depende da capacidade financeira dos próprios agricultores que investirão na compra da ração para os peixes, embora o Incra tenha acertado a liberação de crédito do Pronaf com limite de até R$ 5 mil para cada família tocar o projeto”, conta Valmir. A expectativa é ter a produção anual de 150 toneladas de pescado.
TREINAMENTO – Enquanto aguardam os equipamentos para implantar as criações, os assentados não perdem tempo e buscam a capacitação profissional no campo da piscicultura. No início de julho, agricultores participaram do curso de cultivo de tilápias em tanques-redes. O treinamento tratou da escolha do local para a instalação dos tanques-redes, qualidade da água, manejo da criação e colheita e comercialização do pescado.
O assentamento Celso Furtado tem 1.083 famílias de agricultores e foi criado entre 2004/2005. As terras pertenciam a uma indústria de papel e celulose. Por isso, boa parte da área ainda é ocupada por florestas plantadas. A principal fonte de renda dos agricultores hoje é a extração de resina feita nos plantios de pinus e da bovinocultura de leite, conduzida em espaços abertos. “A piscicultura desenvolvida em tanques-redes será uma importante alternativa de renda para essas famílias e representa um marco histórico para a agricultura da região”, afirma Valmir.
AÇÃO – O assentamento tem 10 extensionistas. Em outros 215 projetos da reforma agrária existentes no estado atuam mais 129 profissionais. No total, são atendidas cerca de 11,8 mil famílias assentadas.
Segundo o diretor-técnico da Emater, Ademir Antonio Rodrigues, os assentamentos, principalmente os criados mais recentemente, enfrentam dificuldades que vão desde a rusticidade das moradias até a escassez de serviços básicos de educação, transporte, saneamento e lazer. “São serviços que o poder público supre aos poucos, mas a introdução de alternativas de renda, como essa adotada pelas famílias de Quedas do Iguaçu, contribui para que os produtores também possam investir na melhoria da qualidade de vida de suas famílias”, diz.
Na avaliação do dirigente do Instituto, a ação dos técnicos do projeto colabora, para que diversas políticas públicas criadas para atender o agricultor familiar cheguem até os assentamentos. “É o caso do crédito do Pronaf e dos programas de aquisição de alimentos. Os extensionistas, além de divulgar essas políticas públicas, organizam o produtor para que de forma coletiva possam acessar os benefícios ofertados. E o processo de organização, na seqüência, pode se tornar a solução para o enfrentamento de outros desafios, tanto no campo da produção agropecuária quanto na busca por mercados, na agregação de valor aos produtos colhidos e realização de investimento em infraestrutura social”, afirma Ademir Rodrigues.