O artesanato paranaense é um dos destaques da 11ª edição da Feira Internacional de Artesanato - Fiart, que está sendo realizada desde o último dia 20, no Pavilhão das Dunas do Centro de Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte. O evento, cujo encerramento se dará neste domingo (29), apresentou uma série de manifestações culturais com destaque para shows artísticos de valores da terra, apresentação de grupos de danças folclóricas e contemporâneas, cortejo com trios de forró pé de serra, além de eventos como o 4º Festival de Danças Folclóricas e o 2º Fashion Natal Moda Artesanal.
Iramar Diório Hermógenes, diretor do setor de artesanato do Provopar Ação Social, revelou que foram levadas para Natal cerca de 6,5 mil peças de 234 artesãos de vários municípios paranaenses. “E a maioria destas peças chamou a atenção do público visitante da feira, em especial os trabalhos feitos em palha de trigo, as flores de madeira, as caixinhas polonesas, as pessankas (ovos coloridos) e os cata-ventos de Francisco Rosa. Aliás, os cata-ventos foram todos vendidos a donos de shopping e lojas do Nordeste”, disse.
As cestarias indígenas também se esgotaram no penúltimo dia da feira. “Sentimos que o público ficou impressionado pela sensibilidade do Provopar, em elaborar e assumir uma proposta tão importante para os nossos índios como é o programa “Artesanato que Alimenta”, através do qual nossos técnicos percorrem as aldeias indígenas trocando cestas básicas por peças de artesanato”.
A presidente do Provopar, Lucia Arruda, disse que o sucesso do artesanato paranaense na feira internacional de Natal deve-se as ações desenvolvidas pela instituição nos três últimos anos “no sentido de resgatar o genuíno artesanato do Paraná, abrindo espaço para as mais variadas correntes. Assim, o que temos visto em Natal e a repetição do sucesso alcançado pelos nossos artesãos no ano passado, em Paris, por ocasião do Ano do Brasil na França”, acrescentou.
Feira Internacional – O pavilhão do Centro de Convenções está totalmente ocupado pelos estandes, na mesma proporção que o numeroso público que dá voltas no local, à procura da compra ideal. Os demais destaques do evento são o Piauí, pela sua arte escultural na madeira, com imagens sacras, como São Francisco, anjos, figuras sertanejas e totens indígenas; e Minas Gerais através do artesão Adair Lucas, que chama atenção pelas suas miniaturas feitas em cobre e latão envernizado, que reproduzem símbolos da cultura interiorana, como fogões à lenha, leiteiras, panelas, bules, taças, candeeiros.
No estande destinado ao Espírito Santo, o público tem encontrado
buquês de flores feitos de escamas pintadas de peixe. Sergipe comparece com roupas repletas de apliques artesanais, com crochês, pedrarias, bordados, e o conhecido fuxico. A “nordestinidade” está representada nas coloridas e engraçadas esculturas em madeiro do Mestre Cabral, de Pernambuco, já em seu sexto ano na Fiart.
Já o segmento internacional da Fiart também tem seu brilho, visto nos amuletos e pulseiras da Turquia e seu azulado “olho grego”, ou nas estatuetas de madeira do Quênia, com seus animas de savana e guerreiros tribais.
A feira termina neste domingo com apresentação de grupos de danças folclóricas e contemporâneas, a partir das 18h30, com destaque para os grupos de Nova Natal, Fênix, New Dance, Remix, Alta Tensão e Galera Mix. O show de encerramento da 11ª Fiart será com o grupo Sal da terra, às 20h30.