Arte multifacetada na Casa Andrade Muricy

Exposições individuais e uma coletiva mostram o melhor da produção contemporânea paranaense
Publicação
16/12/2009 - 13:10
Editoria
A Casa Andrade Muricy abre nesta quinta-feira (17), às 18h30, três exposições individuais e uma coletiva com o melhor da produção contemporânea paranaense. Também serão expostos os trabalhos de André Rigatti, as instalações de Sérgio Monteiro de Almeida, a exposição Fios e Tramas do artista Valdir Francisco e a mostra coletiva Cartas com obras de Juliane Fuganti, Larissa Franco, Laura Miranda e Marcelo Conrado. As exposições, com entrada franca, permanecem até o dia 28 de fevereiro. Em sua oitava exposição individual, André Rigatti ocupa três salas da Casa Andrade Muricy, com mais de 20 trabalhos em serigrafia aplicada sobre suportes têxteis. Para o crítico de artes Artur Freitas, “os trabalhos recentes de Rigatti parecem dispostos a reprogramar a percepção comum, povoando nossos olhos de formas quase-familiares. Serigrafadas diretamente sobre o tecido da tela, as marcas de Rigatti surgem nos quadros como grafites sobre muros: em posições aparentemente casuais, como se houvessem deslizado em relação às bordas da tela”. Valdir Francisco, em Fios e Tramas, apresenta uma série de serigrafias e objetos construídos com fios e tecido de seda, casulo de bicho-da-seda, arame e papel, que são ao mesmo tempo, rudes e delicados. Para o professor e Crítico de Literatura, Benedito Costa Neto, “O fio da seda é um elemento duplo, digamos, em si mesmo. É maleável e resistente, vem das entranhas de um animal e cria um dos mais nobres tecidos e precioso a um só tempo”. Sérgio Monteiro de Almeida, se apropria do espaço físico da Casa Andrade Muricy com as instalações. Uma delas, Santos Contemporâneos - Projeto Degraus, é uma justaposição de imagens de épocas e de conceitos diferentes e cria através da colocação lado a lado de frases e logomarcas associada com a intervenção dos visitantes da exposição uma obra dinâmica. Esta intervenção é visualizada pelos transeuntes da Rua Dr. Muricy, sendo também uma intervenção no espaço urbano assim como a intervenção Preconceito. Sérgio é um artista conceitual e poeta visual intermídia. Sua arte situa-se no limite entre a arte visual e a poesia. É considerado um dos representantes principais da poesia visual contemporânea no Brasil. A coletiva Carta apresenta cerâmicas de Juliane Fuganti, gravuras e desenhos de Larissa Franco, objetos de Laura Miranda e fotografias de Marcelo Conrado. A obra \\\"Perto da Nascente\\\" de Laura Miranda foi construída com tecido moldado sobre fragmentos de louça e as peças resultantes da moldagem são unidas e articuladas formando um único objeto. O título do trabalho refere-se ao fragmento mais antigo de tecido que se tem notícia, encontrado nas proximidades da nascente do rio Tigre. Um pedaço de linho branco de 9 mil anos calcificado por uma ferramenta de osso. O objeto/manto suspenso ao fundo de uma sala escura recebe o espectador e é iluminado por ele com lanternas coloridas oferecidas na entrada da exposição. Serviço Exposições individuais de André Rigatti, Sérgio Monteiro de Almeida e Fios e Tramas do artista Valdir Francisco. Mostra coletiva Cartas com obras de Juliane Fuganti, Larissa Franco, Laura Miranda e Marcelo Conrado. Abertura: dia 17 de dezembro, às 18h30 Casa Andrade Muricy Alameda Dr. Muricy, 915 Centro Tel. 41 3321-4798 www.cam.cultura.pr.gov.br Horário de visitação: De terça a sexta das 10 às 19h. Sábados e domingos das 10h às 16h. Entrada gratuita. A mostra permanecerá aberta até 28 de fevereiro de 2010. Agendamento para visitas orientadas: 41 3321-4816 ou cmuricy@seec.pr.gov.br

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