Arquivo Público recebe nesta quarta a visita do príncipe Dom Bertrand Orleans e Bragança

O trineto de Dom Pedro II fez questão de incluir a instituição estadual em Curitiba no roteiro de lugares que vai percorrer no Paraná
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23/05/2005 - 15:34
Editoria
O Departamento de Arquivo Público (Deap) vai receber nesta quarta-feira (25), entre 9 e 9h30, a visita do príncipe Dom Bertrand Orleans e Bragança. Ele vai percorrer diversas localidades do estado, em comemoração aos 125 anos da passagem de Dom Pedro II pelo Paraná. Orleans e Bragança é trineto de Pedro II, último monarca do Brasil. “A equipe que está organizando o roteiro do príncipe nos contactou e disse que ele faz questão de conhecer as instalações do Arquivo Público, pelo importante papel que desempenha na preservação da memória, e pelo fato de o Arquivo estar completando 150 anos de fundação”, informa a historiadora Daysi Andrade, diretora do Deap. O departamento é vinculado à Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap) Segundo a assessoria do príncipe, Orleans desembarca em Curitiba nesta terça, quando, à tarde, participa de solenidade no Instituto Histórico do Paraná. Na quarta, depois de visitar o Arquivo, o herdeiro da família real segue para Palmeira (região central do estado). Como foi - De acordo com registros do Arquivo Público, Dom Pedro II chegou a Curitiba em 21 de maio de 1880. Uma edição do jornal “O Dezenove de Dezembro”, parte do acervo do Deap, traz descrições sobre a passagem do imperador e sua comitiva. Além de Curitiba, o imperador esteve em Paranaguá, Antonina, Campo Largo, Ponta Grossa, Palmeira, Castro e Lapa “Às duas horas e meia da tarde, ao subir ao ar uma girândola (roda de foguetes) colocada no Alto da Glória, última das que se achavam dispostas, de distância em distância, na extensão de uma légua , para anunciarem a aproximação dos augustos viajantes e de sua ilustre comitiva, a população da capital, quase em sua totalidade, dirigiu-se pressurosa (com pressa) para junto do coreto da rua do Serrito (atual rua Presidente Carlos Cavalcanti)”, diz o texto da época, reproduzido no site do Arquivo Público (www.pr.gov.br/arquivopublico). E continua: “Neste lugar achavam-se convenientemente estacionadas a guarda de honra respectiva e a população das 21 colônias estabelecidas nas circunvizinhanças desta capital; sendo cada uma representada por um emblema conduzido por uma jovem colona e as suas nacionalidades pelas bandeiras respectivas”.