Apucarana terá controle rigoroso de poços artesianos

Parceria entre Sanepar e Vigilância Sanitária garante qualidade da água e cumprimento integral de legislação
Publicação
07/08/2009 - 15:10
Editoria
A Sanepar e as secretarias municipais de Saúde e de Meio Ambiente de Apucarana irão monitorar poços artesianos para garantir a qualidade da água consumida por moradores da cidade, especialmente em condomínios e restaurantes. A decisão foi tomada em reunião técnica, na quinta-feira (6), levando em conta a Portaria 518/2004, do Ministério da Saúde, e os Decretos Estaduais 3.926/88 e 5.711/2002. A legislação regula procedimentos e responsabilidades dos sistemas e fontes alternativas de abastecimento de água. O descumprimento irá resultar na interdição dos poços. O gerente regional da Sanepar em Apucarana, Antônio Mauro de Souza, conta que, há pelo menos dois anos, a empresa orienta condomínios e empresas para que seja garantida a qualidade da água consumida. “Desde 2003, há lei específica que impede a perfuração de novos poços. Porém, os que já existem devem ter um técnico habilitado que se responsabilize pelas análises da água, pelo monitoramento e em dar garantia de padrão microbiológico”, afirma. Souza diz ainda que a legislação federal exige a divulgação dos resultados das análises realizadas, pelo setor público ou privado, o que possibilita aos consumidores conhecimento total da qualidade da água oferecida. “Infelizmente os responsáveis por poços não divulgam as análises que fazem e quando as fazem. Num contraponto, a Sanepar trabalha 24 horas por dia, com rigoroso controle de qualidade desde a captação até a distribuição da água. Os resultados das análises estão no site da empresa, em tempo real, no verso da fatura mensal e no relatório anual dos resultados de cada município”, garante. CONSCIENTIZAÇÃO – De acordo com o secretário municipal de Saúde, Ribamar Leonildo Maroneze, o trabalho conjunto com a Sanepar terá bases na conscientização sobre os riscos que a exploração de poços pode oferecer para a qualidade de vida e a saúde da comunidade. Ele também afirma que serão intensificadas as fiscalizações. “Sem o monitoramento que é exigido pela Portaria 518/MS, as pessoas podem estar correndo riscos de consumir água contaminada, especialmente por coliformes e metais pesados”, destaca. A chefe da Vigilância Sanitária, Denise Macedo Dias Antônio, explica que os proprietários de imóveis e síndicos de condomínios serão comunicados oficialmente e terão 60 dias para se adequar às exigências. “É preciso salvaguardar a saúde pública, para isso abriremos processos administrativos e partiremos para a interdição da fonte, caso não sejam cumpridas as leis, como no que diz respeito ao tratamento e análises da água distribuída, e ainda a separação dos sistemas hidráulicos, evitando a mistura e armazenamento com a água da Sanepar”. Denise acredita que os custos para realizar as análises físico-químicas e bacteriológicas, exigidas pela legislação, inviabilizariam o uso das fontes em muitos casos. “Exigiremos a realização das análises com a frequência prevista na lei, isto não é uma questão de economia. Muitos acham barato consumir água de poço porque não o operam como deveriam. Eles não têm conhecimento real sobre quanto custa manter uma fonte com responsabilidade e segurança”, destaca.