O Paraná registrou em janeiro a geração de 1.592 novos empregos com carteira assinada. Foi um dos poucos Estados que começaram o ano com saldo positivo: taxa de 0,07% de crescimento sobre o estoque de empregos formais, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho. No Brasil, janeiro foi marcado por perdas: menos 101 mil postos de trabalho ou taxa de -0,32%.
Além do Paraná, apenas sete Estados registraram resultados positivos: Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Roraima.
A Região Metropolitana de Curitiba foi a única do país que apresentou crescimento: 0,06%. A RMC respondeu por 504 novos postos de trabalho gerados ou 31% do total do Estado. O interior foi responsável pelos 69% restantes: 1.088 empregos formais. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, os números são muito positivos e revelam, entre outros fatores, que o Governo Estadual tem adotado as medidas corretas no enfrentamento da crise financeira mundial.
“Estes indicadores mostram que o Paraná se preparou, estudou antes de qualquer outro Estado os possíveis efeitos da crise e se antecipou no combate às demissões que poderiam ocorrer. Não esperamos de braços cruzados. Os números do Caged demonstram exatamente isso”, analisa.
O secretário cita que, entre as ações, o Paraná criou um comitê em defesa do trabalho e preparou uma Proposta da Emenda Constitucional que vincula a concessão de benefícios fiscais à manutenção de empregos.
“Além disso, reforçamos as conversas com empresários para adoção da Bolsa Qualificação e as atividades de intermediação de mão-de-obra nos mutirões do programa Crise se Combate com Emprego”, menciona Nelson Garcia.
Segundo o secretário do Trabalho, é preciso destacar também que as medidas fiscais que o governador Roberto Requião adotou antes mesmo da crise: ICMS reduzido para as micro e pequenas empresas, investimentos em qualificação profissional, em infraestrutura e mais apoio à agricultura familiar.
SETORES - De acordo com o Ministério do Trabalho, entre os setores da economia que mais geraram empregos formais no Paraná em janeiro estão o de serviços, responsável por 2.020 contratações, e a construção civil, por 1.631.
O maior número de demissões aconteceu na agropecuária, onde foram fechados 945 postos de trabalho. O saldo negativo no campo é comum para esta época do ano, devido principalmente à entressafra. No mesmo mês de 2008, por exemplo, 376 pessoas perderam seus empregos no setor.
Também devido a fatores sazonais, o comércio fechou 912 vagas. A medida é decorrente do fim dos contratos temporários firmados para reforçar as vendas de fim de ano.
A indústria de transformação teve saldo negativo de 554 postos de trabalho. Destaque para as de produtos alimentícios e bebidas (-434 empregos) e metal-mecânica (-273). As indústrias metalúrgicas (+167 empregos), têxtil (+431) e de produção de papel (+312) foram as que tiveram maior alta.
ESTOQUE: No último dia de janeiro, o estoque de mão-de-obra no Paraná era de 2.060.609 trabalhadores com carteira assinada. Destes, 578.644 conseguiram emprego a partir de 2003, início do Governo Roberto Requião. Para se ter uma dimensão do número, vale lembrar que nos oito anos anteriores, foram gerados apenas 37.882 empregos formais.
BOX:
Geração de empregos no Paraná:
1995 -25.327
1996 -32.805
1997 7.463
1998 -35.657
1999 -16.549
2000 28.143
2001 53.857
2002 58.857
Saldo do período: 37.882 empregos
2003 62.370
2004 122.648
2005 72.374
2006 86.396
2007 122.361
2008 110.903
2009 1.592 (até janeiro)
Saldo do período: 578.644 empregos
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego
Apesar da crise, Paraná começa ano com mais 1,6 mil empregos formais
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho, além do Paraná, apenas sete Estados registraram resultados positivos
Publicação
19/02/2009 - 17:59
19/02/2009 - 17:59
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