Os quase 3,5 milhões de consumidores de energia elétrica do Paraná atendidos diretamente pela Copel vão continuar desfrutando de uma das menores tarifas de todo o Brasil. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) oficializou na segunda-feira (23) um reajuste médio de 0,04% nas tarifas cobradas pela Copel, com incidência a partir de 24 de junho e validade por um ano.
Com isso, os preços cobrados pela estatal permanecem praticamente estáveis, evidenciando uma situação de equilíbrio que tem sido garantida pelo zelo da atual administração. “A Copel tem como objetivo permanente ampliar a sua eficiência, buscando fazer cada vez mais com os mesmos recursos”, informa o presidente da Companhia, Rubens Ghilardi. “Assim orientada pelo governador Roberto Requião, a empresa gerencia seus custos de maneira a poder oferecer aos consumidores o melhor serviço ao menor preço, repartindo com todos os paranaenses os ganhos de eficiência e produtividade que consegue alcançar”.
Como reflexo e conseqüência disso, a tarifa “pura” da Copel foi reposicionada e caiu 7,17%. Se à tarifa forem acrescidos os custos não-gerenciáveis (conta da energia comprada de Itaipu, variação cambial e outros), a redução chegou a 3,35%. “Esta significativa queda é resultado da boa gestão praticada na Copel e irá se refletir no próximo reajuste tarifário da empresa, em junho do ano que vem, como prevê a legislação”, acentuou o presidente. “Para os consumidores, é uma garantia de que continuarão sendo bem atendidos e pagando uma tarifa bastante módica”.
CHUVAS - Segundo a própria Aneel, não fosse a falta de chuvas nos estados das regiões Sudeste e Sul que motivou o acionamento das usinas térmicas para preservar os reservatórios das hidrelétricas – fato que encareceu o custo da energia entregue para o consumo de toda a população brasileira, em vez dos 0,04% o índice médio autorizado à Copel teria sido de 1,2% negativo.
Os novos preços autorizados pela Aneel irão vigorar até 23 de junho de 2009 e contemplam um reajuste da ordem de 2% para os consumidores atendidos em baixa tensão – as residências, principalmente – e redução média de 3,83% para os grandes consumidores – como indústrias e shoppings – que são atendidos em alta tensão. Para estes, o percentual a aplicar será diferente, dependendo basicamente de fatores vinculados às condições de atendimento, tais como a tensão de fornecimento e o horário do dia em que a energia for consumida.
REVISÃO - Este foi o resultado da segunda revisão tarifária procedida pela Aneel sobre a tabela de preços praticada pela Copel. Trata-se de um processo que demanda cerca de 8 meses de estudos, análises e levantamentos, e que inclui uma audiência pública onde o consumidor é chamado a se manifestar. A revisão se dá a intervalos de quatro anos e tem por objetivo reposicionar as tarifas cobradas pela concessionária num contexto de máxima eficácia que é dado pela “empresa de referência”, uma distribuidora que não existe no mundo real e que é formada por indicadores de desempenho de excelência. A Aneel compara os dados da concessionária real com os da sua concorrente virtual e fixa os percentuais que considerar pertinentes.
Na primeira revisão tarifária da Copel, realizada em junho de 2004, o reajuste médio autorizado pela Aneel foi de 14,43%. Entre uma revisão e outra, a cada 12 meses, a Aneel promove reajustes nas tarifas, basicamente recompondo as variações de custo ocorridas no período.