Aneel aprova compra das ações da Elejor pela Copel

Agência autoriza a empresa a assumir o controle das usinas em construção no Rio Jordão
Publicação
27/07/2004 - 00:00
Editoria
A diretoria executiva da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em reunião realizada na segunda-feira (26), a operação de transferência à Copel de 30% das ações mantidas pela Triunfo Participações e Investimentos na Elejor – Centrais Elétricas do Rio Jordão, empresa que detém a concessão para construir e explorar as hidrelétricas de Santa Clara e Fundão, localizadas na região centro-sul do Paraná. “A anuência da Aneel é um passo importante neste processo, cujo objetivo é garantir para a Copel o comando das operações da Elejor e a titularidade da energia a ser gerada nas duas usinas”, interpreta Gilberto Griebeler, diretor de Gestão Corporativa da Companhia. “Queremos garantir que os benefícios da eletricidade produzida em Santa Clara e Fundão sejam usufruídos prioritariamente pela população paranaense, e o jeito de conseguir isso é controlando a Elejor”, sustenta. Estratégia – Gilberto Griebeler lembra que essa estratégia integra a lista de determinações feitas pelo governador Roberto Requião à diretoria da Copel, presidida por Paulo Pimentel. “Além da renegociação dos contratos danosos de compra de energia e da reunificação da empresa, o governador determinou que fosse feita uma criteriosa revisão nas parcerias e sociedades, nas quais a Copel fosse minoritária. E a participação na Elejor foi uma delas”. As usinas de Santa Clara e Fundão estão em construção no curso médio do Rio Jordão, na divisa dos municípios de Candói e Pinhão, na região dos Campos de Guarapuava. Os aproveitamentos deverão adicionar 250 megawatts de potência à capacidade própria de produção da Copel. Em meados de 2005, entra em operação a primeira unidade geradora de Santa Clara e, no segundo semestre de 2006, a última da usina de Fundão. A Copel passa a aguardar, agora, a manifestação do Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A expectativa é por uma rápida definição, uma vez que o Ministério da Fazenda já se posicionou favoravelmente à transferência das ações e o Ministério da Justiça, a quem está subordinado o Cade, só esperava pelo pronunciamento da Aneel para concluir o processo. Em seguida, será a vez da Assembléia Legislativa deliberar sobre o assunto. Aprovada a operação, a Copel irá se tornar acionista majoritária no consórcio Elejor, aumentando sua participação dos atuais 40% para 70%.