Amigas da Mama do Paraná pedem apoio ao governo para a campanha “Outubro Rosa”

A campanha “Outubro Rosa” é uma mobilização mundial que visa chamar atenção das mulheres sobre a importância de se prevenir o câncer de mama
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07/10/2010 - 11:50
Editoria

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Representantes da Associação Amigas da Mama do Paraná, que atende voluntariamente mulheres com câncer de mama, se reuniram na manhã desta quinta-feira (07) para um café com a primeira da Regina Pessuti. O objetivo do encontro foi pedir apoio do governo estadual para o lançamento da campanha “Outubro Rosa”, para divulgação dos trabalhos da associação e ainda para contratação de uma secretária.
De acordo com Regina Pessuti, o essencial neste tipo de organização é que elas prestam o apoio psicológico, que para o Estado é difícil oferecer. “As associações reúnem pessoas que têm o mesmo problema. E uma ajuda à outra. Nem um psicólogo ou psiquiatra dá a mesma força do que elas”, destacou a primeira dama.
A campanha “Outubro Rosa” é uma mobilização mundial que visa chamar atenção das mulheres sobre a importância de se prevenir o câncer de mama. No Paraná, além da Associação Amigas da Mama, outras entidades vão participar da campanha iluminando alguns pontos da cidade com luz cor de rosa. Outro pedido feito pelas representantes da Associação Amigas da Mama foi o auxilio da Companhia Paranaense de Informática para que o site da instituição seja reformulado e inserido no portal da Secretária de Estado da Saúde como um link. “A ideia é fazermos atendimentos on-line”, explicou a coordenadora jurídica da associação, Valéria Lopes.
Também foi pedida uma funcionária ou uma estagiária para trabalhar como secretária. “Nós somos uma entidade sem fins lucrativos e precisamos de apoio dos governantes para que a nossa luta continue”, afirmou Maria Inês Malanga, presidente da Associação Amigas da Mama.
Rosana Pereira, eleita deputada federal no último domingo, participou do café da manhã e disse estar disposta a trabalhar para ajudar a associação. “Eu estou colocando meu mandato à disposição das Amigas da Mama do Paraná, porque sei da importância e da necessidade do prosseguimento deste trabalho”, afirmou.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que, somente neste ano, foram registrados 49.240 novos casos da doença. No Paraná, o câncer de mama é a primeira causa de morte entre as mulheres de 50 a 70 anos. Valéria Lopes informou que a patologia já atinge mulheres mais novas. “Se há 12 anos nós atendíamos mulheres de 50, 60, 70 anos, hoje já temos registro de jovens de 20 e 30 anos”.
Maria Inês destacou que, no processo de tratamento, o trabalho para fortalecer a alto estima das mulheres é importante. Segundo ela, apesar de a organização trabalhar com a prevenção, neste momento a associação está voltada para aquelas que estão com câncer. “Nós emprestamos uma peruca e doamos prótese de silicone com sutiã especial”. É preciso agir para que as mulheres não se sintam tão fragilizadas, ressaltou a presidente da entidade.
Na reunião com a primeira dama também foram destacados alguns direitos jurídicos, que muitas mulheres com câncer desconhecem, e também a dificuldade existente para que elas voltem ao mercado de trabalho. “Elas podem resgatar o FGTS, pedir aposentadoria ou um auxilio doença”, mencionou Valéria Lopes.
Segundo ela, um problema que é essencialmente de saúde pública passa a ser social, porque atualmente as mulheres ajudam a compor a renda familiar e quando deixam de trabalhar o orçamento fica comprometido. “As famílias são destinadas à pobreza”, afirmou Lopes. Ela complementou dizendo que muitas vezes, passado o período de estabilidade das mulheres nas empresas, elas são demitidas e não depois não conseguem outro emprego.
Regina Pessuti homenageou Gladys Haluch, uma das voluntárias da Associação Amigas da Mama. Nesta quinta-feira |(07), a dona de casa fez a última sessão de quimioterapia, depois de seis meses de tratamento. “É meu terceiro tratamento. É uma vitória”, contou Gladys.

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