Alunos e professores participam ativamente das oficinas do Fera

Todas oferecem noções de arte e cultura para que o objetivo principal Festival, a inserção da arte no processo educacional do ensino público paranaense, seja alcançado
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06/10/2005 - 18:04
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A sexta etapa do Festival de Arte da Rede Estudantil (Fera), que está sendo realizada em Castro até sábado (09), oferece 91 oficinas de músicas, dança, teatro, artes áudio visuais, aos professores e alunos. Entre as mais procuradas, além da oficina de música, estão a de “Canto Coral”, específica para os alunos, e a de “Arte Percussão: Construção de Instrumentos Musicais”, e “O Jornal Depois de Lido: Um Fascinante Material de Arte”, disponíveis apenas para professores. Todas oferecem noções de arte e cultura para que o objetivo principal Festival, a inserção da arte no processo educacional do ensino público paranaense, seja alcançado. A oficina de “Canto Coral” tem entusiasmado a oficineira Juliane Baseggio. Segundo ela, os alunos estão participando maciçamente, pois estão dispostos a levar os ensinamentos adquiridos para os seus municípios. “O Fera abre caminhos. Aqui eles têm opções, com formas diferenciadas de arte para escolher”, disse. O aluno e músico Diones Gregory Vargas, 16, do Colégio Estadual Henrique Stadeler, do município de Palmeira garante estar gostando muito da oficina, pois, segundo ele, a professora sabe se expressar e os alunos conseguem entrar no ritmo. “É muito bom poder estar me aperfeiçoando no canto, pois apesar de já estar acostumado a cantar, aqui, aprendo técnicas para cantar e tocar melhor”, afirma. Na oficina “Arte Percussão – Construção de Instrumentos Musicais”, os professores têm acesso a formas de exercitar a sensibilidade através da música, integrando sensibilidade e racionalidade na confecção de instrumentos musicais. Assim, podem não apenas fazer música, como principalmente conhecer os princípios que fazem os instrumentos musicais funcionar. Durante a oficina os professores aprendem a fazer cerca de 50 instrumentos como, por exemplo, o berimbau e cuíca. De acordo com Hélio Santana, responsável pela oficina, esta pode ser entendida como um subsídio para que os educadores possam oferecer uma dinâmica pedagógica diferenciada aos alunos, integrando recursos de arte ao cotidiano do ensino, conforme o objetivo do Festival. Para a professora de Educação Especial, Maria de Lourdes da Silva, a oficina oferece diversas opções para trabalhar com as crianças. “Os alunos que tem dificuldade para escrever podem ser auxiliados com sons, que ajudam na percepção e consequentemente na escrita”, alega a professora. A utilidade do jornal – Outra oficina que está oferecendo “novos horizontes” aos professores é a “O Jornal Depois de Lido – Um Fascinante Material de Arte”, que tem como responsável a Doutora em Artes, Maria Letícia Vianna. Segundo os participantes Ivânia do Nascimento e Aparecida do Rossil da Silva, o material do jornal é muito mais fácil de lidar e completamente grátis, pois após lê-lo a maior parte das pessoas o joga fora. “O jornal pode ser usado para fazer diversos tipos de materiais, como roupas, acessórios, quadros, e não apenas para artesanato, como estamos acostumados”, afirma Ivânia. “Com certeza, essa oficina nos ajudou a ter percepção para novos materiais e como usá-los”, conclui Aparecida.

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