Dos 10 trabalhos selecionados na 48ª edição do concurso nacional “Cientistas do Amanhã”, quatro são estudantes paranaenses e desses, dois são da rede estadual de ensino: Cristiane Briatori Ferreira (12) e Gabriela da Silva Machineski (15). A etapa final do concurso será neste domingo (17) e a abertura durante a reunião anual da Associação Brasileira para o Progresso da Ciência, em Fortaleza (CE), com a divulgação do resultado final no dia 23 de julho.
O Concurso é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura – IBECC/Unesco – e visa contribuir para a iniciação científica de crianças e adolescentes. O concurso é destinado aos estudantes que cursam desde a 6ª série do ensino fundamental até a última série do ensino médio.
A estudante Cristiane Briatori Ferreira é aluna da 7ª série do Colégio Estadual La Salle, de Curitiba, e Gabriela da Silva Machineski cursa o ensino médio do Colégio Estadual Professor José Aluísio Aragão. As duas apresentaram trabalhos, respectivamente, sobre proteção ambiental, além do outro que trata do tema que previne e informa os alunos dos produtos químicos usados em laboratório escolar.
A pesquisa de Cristiane Briatori Ferreira é sobre a qualidade das águas do rio Arroio Cercado e tem o objetivo de mobilizar e sensibilizar a população sobre o tema. “Quero levar o estudo aos vereadores para que possam tomar as medidas cabíveis”, disse. Segundo Cristiane, fazer o trabalho foi muito interessante. “Quando realizamos na prática fica mais fácil de entender. Fiz coleta de águas no rio, avaliei os parâmetros físicos e químicos e tabulei os dados para a obtenção do índice de qualidade ambiental, que foi ruim”, ressaltou.
Segundo a professora que orientou Cristiane, Claudemira Vieira Gusmão Lopes, esse tipo de estudo é uma forma de trabalhar uma nova visão de ciência, que sai da sala de aula e aprimora a percepção dos alunos. “Neste trabalho coletamos dados preliminares que sirvam de subsídios para os ‘tomadores de decisão’. Para este caso é preciso criar um plano de manejo”, disse.
A aluna Gabriela fez uma pesquisa minuciosa para o projeto: “Produtos químicos e seus resíduos no laboratório da escola usando a física para conhecer, manipular com segurança, não poluir o meio ambiente e proteger a saúde humana”. Para fazer o trabalho passou cerca de cinco meses catalogando – com o nome do produto e sua periculosidade – todos os 190 produtos usados no laboratório. “Fizemos esse levantamento para que o aluno saiba com o que está lidando”. Esse material pesquisado será registrado em CD e também num manual que será deixado no laboratório da escola para consulta.
“Faço essas pesquisas para buscar conhecimento. Essa é a terceira vez que sou selecionada. Em 2003 foi com o trabalho sobre a toxidade das pilhas no meio ambiente e em 2004 sobre a recuperação de áreas degradadas”, concluiu Gabriela.