Alunos da rede pública aprendem robótica no “Educação Com Ciência”

A oficina desperta nos estudantes o construtivismo. “Eles desenvolvem a criatividade, trazendo suas idéias e o professor passa a teoria e mecanismos para concretizar a idéia”, aposta o oficineiro Rodrigo Barbosa Silva
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27/09/2005 - 15:41
Editoria
Alunos da rede pública que participam do “Educação Com Ciência” estão freqüentando oficinas de robótica e aprendendo noções de como construir um robô. A primeira etapa do “Educação Com Ciência” está sendo realizada em Ponta Grossa, de 26 a 30 de setembro, no Campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). De acordo com Luiz Rodrigo Grochocki, um dos oficineiros, a atividade tem por objetivo transformar a aprendizagem em algo divertido e desafiador, trabalhando conceitos da Matemática, Física, Química, sistemas de computação e eletrônica de potência para o desenvolvimento e construção de uma obra final. “Dessa forma, o aluno leva para a escola e para sua casa os princípios da ciência e da tecnologia”, acredita. A oficina está sendo realizada em módulos de quatro horas de forma a oferecer ao maior número de alunos a experiência. “Estaremos ensinando aproximadamente 40 alunos por dia, ou seja, teremos ensinado 160 alunos no final do evento ”, conta outro oficineiro, Rodrigo Barbosa Silva. Segundo Luiz, na oficina os alunos são divididos em grupos de cinco e cada grupo recebe instruções específicas dos dois professores para desenvolver e montar um projeto ou o trabalho final. Para ele, a oficina desperta nos estudantes o construtivismo. “Eles desenvolvem a criatividade, trazendo suas idéias e o professor passa a teoria e os mecanismos necessários para transformar a idéia em material concreto”, ressalta. Segundo Rodrigo, os alunos estão aprendendo, além de tudo, a reciclar. “Utilizamos como matéria prima a sucata, por ser um material barato e acessível a todos. Aqui, eles aprendem também a utilizar a fonte de energia e o motor, além do conceito teórico”, relata. Na opinião do oficineiro, um dos fatores mais importantes desse trabalho é a continuidade. “Na verdade essa é uma semente. O que eles estão aprendendo poderá ser utilizado em casa, como forma de hobby ou na sala de aula”, sugere. Os oficineiros são unânimes em dizer que a maioria dos alunos não teve contato anterior com a robótica. “Eles não tinham idéia da possibilidade de utilizar e unir Física, Química, Ecologia, Eletrônica para construir um robô. Chegam na oficina curiosos e surpreendem-se com as possibilidades”, disse Rodrigo. Participantes - A aluna Luciane Perucelli (14), de Prudentópolis, conta que estava curiosa para saber como construir um robô e como ele se movimenta. “Este é um processo muito interessante”, argumenta. Já a aluna Emannuely dos Santos (15), de Pinhalão, disse que estava ansiosa para iniciar as atividades na oficina. “O professor deu material para desmontar, achar o motor, a bateria e no final montaremos um ventilador”, disse. “Foi muito legal aprender como se ligam as peças e o que pode ser utilizado como material alternativo”, relata a estudante de Jaboti, Bruna de Souza (15).

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