Alunos das escolas da rede pública estadual vêm apresentando, ao longo dos anos, melhora no aprendizado da Língua Portuguesa. As médias de desempenho da 8.ª série do ensino fundamental na Prova Brasil, aumentaram em 85% das escolas. O desempenho na disciplina, nesta avaliação, é um dos indicadores que compõem o Ideb e um dos responsáveis pelo crescimento do índice conseguido pelo Paraná de 2005 a 2009.
Para a secretária de Educação do Paraná, Yvelise Arco-Verde, as ações desenvolvidas pelo Departamento da Educação Básica (Deb), são determinantes para essa evolução. “Os excelentes resultados que as escolas vêm apresentando, especificamente em Língua Portuguesa e, num plano geral, em todos os indicadores do Ideb, refletem o intenso trabalho que está sendo realizado”, explica.
Segundo ela, os recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para as escolas, são determinantes para a elevação do ensino e consequente avaliação positiva nos exames nacionais. Yvelise citou a sala de apoio à aprendizagem, a produção de material didático pelo professor, o Livro Didático Público, o projeto Folhas, os laboratórios de informática, a televisão multimídia nas salas de aula e o Deb itinerante, como alguns dos fatores que ajudam no ensino e aprendizado.
“Há um conjunto de ações sustentadas pela discussão pedagógica constante dos rumos a serem tomados, que é realizada desde a escola, que debate e formaliza o seu próprio projeto pedagógico, com assessoramento e apoio da Secretaria”, afirma Yvelise. “O esforço do governo tem sido incansável, mas é o comprometimento dos alunos, dos professores, dos funcionários e a participação dos pais na escola que são fundamentais para a melhoria da qualidade de ensino”.
DOCENTES – Os concursos públicos, o investimento de 30% para a educação e a valorização dos profissionais da educação também foram citados pela secretária. “Foram criados planos de carreira para os funcionários das escolas e para os professores, possibilitando que esses profissionais possam avançar na carreira, por meio de inúmeros cursos, seminários e oficinas promovidos pelo governo do Estado”, lembra.
A superintendente da Educação, Alayde Digiovanni, acrescenta que o contraturno e o estímulo à leitura dos estudantes vêm criando hábito de estudo, que corresponde ao que deve ser uma escola que apoia e incentiva os alunos. “Isso acontece desde a construção das diretrizes curriculares, dando atenção às metodologias curriculares trabalhadas em sala de aula. Assim, a Seed vem cumprindo a sua missão e tem conseguido elevação da qualidade do ensino”, explica.
LEITURA – Luiz Carlos Felipe é especialista em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2005, é convidado pelo Deb/SEED para dar palestras a professores e agentes das bibliotecas escolares das escolas da rede estadual no Centro de Formação Continuada de Faxinal do Céu, município de Pinhão.
O principal objetivo das palestras é fazer com que o acervo literário das bibliotecas escolares seja utilizado pelos alunos, não somente como fonte de estudos, mas também como lazer. E, segundo Felipe, também é importante que toda a comunidade escolar tenha livre acesso aos livros. “O que se pretende é colocar os professores e agentes das bibliotecas próximos ao que há de mais moderno no campo da abordagem da literatura”, explica.
Para motivar os estudantes a ler, ele sugere a realização de trabalhos específicos, como oficinas de contos, valorizando o papel de mediação do professor para que o aluno chegue ao livro de literatura. “É importante que haja procedimentos interessantes para atrair o leitor, como rodas de leitura, contação de histórias, filmes e música, tudo isso aliado a uma melhor exposição dos livros na biblioteca escolar para, efetivamente, democratizar o acesso à leitura”. O importante, segundo ele, é não fazer da biblioteca escolar um espaço de punição ou castigo, mas de atividades para que o aluno possa frequentar, ouvir ou contar histórias.
Felipe comenta que a formação dos professores interfere na maneira de utilizar o livro como um recurso pedagógico. “Muitos não sabem como tornar a leitura uma atividade pedagógica, como analisar uma obra e sentem insegurança de como avaliar”, avalia. Os professores também devem estar atentos na formação individual do estudante, porque, segundo ele, pode ocorrer do aluno não estar preparado para a leitura de determinado livro. “A intenção da leitura da obra deve ser considerada, é preciso saber por que os estudantes estão lendo a obra, se para dramatização, para apresentação em aula ou para o vestibular”, explica.
O especialista lembra que existem três eixos que orientam as aulas de Língua Portuguesa, presentes nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE): oralidade, leitura e escrita. “O livro pode gerar ações para estes três eixos, privilegiando o debate, seduzindo o leitor ao relacionar literatura e realidade”, define. Para ele, uma possibilidade de bom aproveitamento da leitura é a apresentação de relações entre o livro e o que o cotidiano do aluno, tentar um caminho de entrada para questões éticas, sociais, de gênero, de etnia etc. “Enfim, é usar a leitura como viés de discussão e de reflexão, provocando o aluno a entendê-la dessa forma”.
O incentivo à leitura não é papel apenas dos professores de Língua Portuguesa, mas de todas as disciplinas, define Felipe. “Um bom leitor tem condições, se bem trabalhado, de se interessar por outras vias de conhecimento, cabe ao professor de cada disciplina trabalhar isso”. Ele ainda explica que o acesso a novas leituras depende da autonomia que o aluno acaba desenvolvendo. “A boa literatura não oferece respostas, mas leva a questionamentos. O aluno vai a outras obras, o aluno pratica a leitura na busca pelas respostas”, conclui.
COLETIVO – A Escola Estadual José Ribas Vidal, de Campo Largo, é um exemplo de superação e crescimento. Na Prova Brasil de Língua Portuguesa, a média de desempenho em 2007 foi maior do que a de 2005, indo de 217,18 para 219,39, mas a de 2009 mostrou um crescimento de 50 pontos. Pulou para 269,48, numa vertiginosa ascensão de quase 23%.
Em Matemática, a escola também foi bem. Em 2005, obteve a média 223,90, que subiu para 230,22 em 2007 e para 262,32 em 2009. Foram 32 pontos a mais de 2007 para 2009. O IDEB da escola em 2005 era 3,2, passou para 3,6 em 2007 e, em 2009, se elevou para 4,7, atingindo a meta projetada para o estabelecimento em 2017.
A diretora da escola, Janine Castagnoli acredita que há uma interação entre a SEED, a equipe escolar e a comunidade. “As ações realizadas pela secretaria de Educação e pela gestão da escola foram fundamentais para melhorar os resultados da aprendizagem e o nível acadêmico dos alunos e aumentar o índice do IDEB e o melhor foi que o plano de ação pedagógico envolveu toda a comunidade escolar”, explica.
“Aqui na escola, o trabalho é coletivo e envolve professores, pais e alunos. São diversas atividades, como reuniões com os pais, palestras com os alunos para alertar sobre a importância dos estudos, a semana cultural, visitas a museus, além do trabalho de interdisciplinaridade, que facilita a visão do todo”, conta a diretora. E, segundo ela, as atividades aproximaram professores e alunos. “Os alunos passaram a confiar e admirar mais os professores ficaram mais interessados nas aulas e melhoraram o rendimento escolar”.
A professora de geografia, Vitália de Souza, levou os alunos para uma atividade prática de pesquisa de campo na comunidade e ficou satisfeita com o resultado. “Fiz um trabalho de resgate do meio ambiente no próprio local em que os alunos vivem, desta forma a proximidade com a realidade de cada um deles despertou mais interesse, facilitando a compreensão”.
Para a secretária de Educação do Paraná, Yvelise Arco-Verde, as ações desenvolvidas pelo Departamento da Educação Básica (Deb), são determinantes para essa evolução. “Os excelentes resultados que as escolas vêm apresentando, especificamente em Língua Portuguesa e, num plano geral, em todos os indicadores do Ideb, refletem o intenso trabalho que está sendo realizado”, explica.
Segundo ela, os recursos pedagógicos e tecnológicos disponíveis para as escolas, são determinantes para a elevação do ensino e consequente avaliação positiva nos exames nacionais. Yvelise citou a sala de apoio à aprendizagem, a produção de material didático pelo professor, o Livro Didático Público, o projeto Folhas, os laboratórios de informática, a televisão multimídia nas salas de aula e o Deb itinerante, como alguns dos fatores que ajudam no ensino e aprendizado.
“Há um conjunto de ações sustentadas pela discussão pedagógica constante dos rumos a serem tomados, que é realizada desde a escola, que debate e formaliza o seu próprio projeto pedagógico, com assessoramento e apoio da Secretaria”, afirma Yvelise. “O esforço do governo tem sido incansável, mas é o comprometimento dos alunos, dos professores, dos funcionários e a participação dos pais na escola que são fundamentais para a melhoria da qualidade de ensino”.
DOCENTES – Os concursos públicos, o investimento de 30% para a educação e a valorização dos profissionais da educação também foram citados pela secretária. “Foram criados planos de carreira para os funcionários das escolas e para os professores, possibilitando que esses profissionais possam avançar na carreira, por meio de inúmeros cursos, seminários e oficinas promovidos pelo governo do Estado”, lembra.
A superintendente da Educação, Alayde Digiovanni, acrescenta que o contraturno e o estímulo à leitura dos estudantes vêm criando hábito de estudo, que corresponde ao que deve ser uma escola que apoia e incentiva os alunos. “Isso acontece desde a construção das diretrizes curriculares, dando atenção às metodologias curriculares trabalhadas em sala de aula. Assim, a Seed vem cumprindo a sua missão e tem conseguido elevação da qualidade do ensino”, explica.
LEITURA – Luiz Carlos Felipe é especialista em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2005, é convidado pelo Deb/SEED para dar palestras a professores e agentes das bibliotecas escolares das escolas da rede estadual no Centro de Formação Continuada de Faxinal do Céu, município de Pinhão.
O principal objetivo das palestras é fazer com que o acervo literário das bibliotecas escolares seja utilizado pelos alunos, não somente como fonte de estudos, mas também como lazer. E, segundo Felipe, também é importante que toda a comunidade escolar tenha livre acesso aos livros. “O que se pretende é colocar os professores e agentes das bibliotecas próximos ao que há de mais moderno no campo da abordagem da literatura”, explica.
Para motivar os estudantes a ler, ele sugere a realização de trabalhos específicos, como oficinas de contos, valorizando o papel de mediação do professor para que o aluno chegue ao livro de literatura. “É importante que haja procedimentos interessantes para atrair o leitor, como rodas de leitura, contação de histórias, filmes e música, tudo isso aliado a uma melhor exposição dos livros na biblioteca escolar para, efetivamente, democratizar o acesso à leitura”. O importante, segundo ele, é não fazer da biblioteca escolar um espaço de punição ou castigo, mas de atividades para que o aluno possa frequentar, ouvir ou contar histórias.
Felipe comenta que a formação dos professores interfere na maneira de utilizar o livro como um recurso pedagógico. “Muitos não sabem como tornar a leitura uma atividade pedagógica, como analisar uma obra e sentem insegurança de como avaliar”, avalia. Os professores também devem estar atentos na formação individual do estudante, porque, segundo ele, pode ocorrer do aluno não estar preparado para a leitura de determinado livro. “A intenção da leitura da obra deve ser considerada, é preciso saber por que os estudantes estão lendo a obra, se para dramatização, para apresentação em aula ou para o vestibular”, explica.
O especialista lembra que existem três eixos que orientam as aulas de Língua Portuguesa, presentes nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE): oralidade, leitura e escrita. “O livro pode gerar ações para estes três eixos, privilegiando o debate, seduzindo o leitor ao relacionar literatura e realidade”, define. Para ele, uma possibilidade de bom aproveitamento da leitura é a apresentação de relações entre o livro e o que o cotidiano do aluno, tentar um caminho de entrada para questões éticas, sociais, de gênero, de etnia etc. “Enfim, é usar a leitura como viés de discussão e de reflexão, provocando o aluno a entendê-la dessa forma”.
O incentivo à leitura não é papel apenas dos professores de Língua Portuguesa, mas de todas as disciplinas, define Felipe. “Um bom leitor tem condições, se bem trabalhado, de se interessar por outras vias de conhecimento, cabe ao professor de cada disciplina trabalhar isso”. Ele ainda explica que o acesso a novas leituras depende da autonomia que o aluno acaba desenvolvendo. “A boa literatura não oferece respostas, mas leva a questionamentos. O aluno vai a outras obras, o aluno pratica a leitura na busca pelas respostas”, conclui.
COLETIVO – A Escola Estadual José Ribas Vidal, de Campo Largo, é um exemplo de superação e crescimento. Na Prova Brasil de Língua Portuguesa, a média de desempenho em 2007 foi maior do que a de 2005, indo de 217,18 para 219,39, mas a de 2009 mostrou um crescimento de 50 pontos. Pulou para 269,48, numa vertiginosa ascensão de quase 23%.
Em Matemática, a escola também foi bem. Em 2005, obteve a média 223,90, que subiu para 230,22 em 2007 e para 262,32 em 2009. Foram 32 pontos a mais de 2007 para 2009. O IDEB da escola em 2005 era 3,2, passou para 3,6 em 2007 e, em 2009, se elevou para 4,7, atingindo a meta projetada para o estabelecimento em 2017.
A diretora da escola, Janine Castagnoli acredita que há uma interação entre a SEED, a equipe escolar e a comunidade. “As ações realizadas pela secretaria de Educação e pela gestão da escola foram fundamentais para melhorar os resultados da aprendizagem e o nível acadêmico dos alunos e aumentar o índice do IDEB e o melhor foi que o plano de ação pedagógico envolveu toda a comunidade escolar”, explica.
“Aqui na escola, o trabalho é coletivo e envolve professores, pais e alunos. São diversas atividades, como reuniões com os pais, palestras com os alunos para alertar sobre a importância dos estudos, a semana cultural, visitas a museus, além do trabalho de interdisciplinaridade, que facilita a visão do todo”, conta a diretora. E, segundo ela, as atividades aproximaram professores e alunos. “Os alunos passaram a confiar e admirar mais os professores ficaram mais interessados nas aulas e melhoraram o rendimento escolar”.
A professora de geografia, Vitália de Souza, levou os alunos para uma atividade prática de pesquisa de campo na comunidade e ficou satisfeita com o resultado. “Fiz um trabalho de resgate do meio ambiente no próprio local em que os alunos vivem, desta forma a proximidade com a realidade de cada um deles despertou mais interesse, facilitando a compreensão”.