Alunos da Escola de Dança Teatro Guaíra brilham em Festival

Lá estiveram Daniel Camargo, Arthur Louarti e um grupo de bailarinas, todos representaram bem o Paraná no Festival Dança Ribeirão
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01/06/2005 - 16:02
Editoria
O Festival Dança Ribeirão, que movimentou a cidade paulista de Ribeirão Preto até o final da semana passada, mais uma vez rendeu-se ao talento dos estudantes da Escola de Dança Teatro Guaíra. Lá estiveram Daniel Camargo, Arthur Louarti e um grupo de bailarinas, todos na mostra competitiva. O Grupo de Dança Masculina, formado por rapazes vindos de família de baixa renda, participou como convidado do evento e causou sensação em todas as apresentações. Daniel Camargo e Arthur Louarti, que em breve estarão embarcando para o exterior, com bolsas de estudos conquistadas recentemente num festival em Nova York, classificaram-se respectivamente em primeiro e segundo lugares na categoria solo masculino repertório. Daniel apresentou "Chamas em Paris" e Arthur "Gran pas Classique". Na categoria projeto pré-profissional um grupo de meninas dançou "O Trigal", com coreografia de Sabrina Mendez Ortolan. Obteve a segunda colocação. A peça sugere a ondulação dos trigais, conforme a intensidade dos ventos. Uma curiosidade é que o projeto pré-profissional representa a categoria sênior, que agrega jovens de 18 a 20 anos. No elenco curitibano somente duas alunas enquadravam-se nessa faixa de idade. As demais participantes tinham de 13 a 17 anos. Com "Ame. Você está Vivo!", bailado que aborda questões sentimentais e sociais, o Grupo de Dança Masculina abriu oficialmente o Festival Dança Ribeirão, no dia 19 de maio. A peça tem 26 minutos e, a princípio, o coreógrafo e ensaiador Jair Moraes ficou inseguro pelo silêncio da platéia. "Pensei que não estivessem gostando, mas no final os meninos foram muito aplaudidos. Começamos com muito sucesso". Por conta do êxito, três dias depois os rapazes voltaram à cena, a convite dos organizadores, e como não havia o que apresentar, Jair Moraes decidiu mostrar um trabalho ainda inacabado, com 21 minutos de duração. Subiram ao palco com roupas de ensaio e incendiaram a platéia. "Passa uma coisa máscula, de muita energia", diz o coreógrafo. Ele conta que o bailado surgiu sem maiores pretensões, mais como um exercício"para trabalhar a musicalidade, a energia muscular dos alunos". Pouco antes de entrar em cena os rapazes - com idades variando de 14 a 22 anos - decidiram fazer um traço vermelho no rosto. "Achei que não ia interferir em nada. Mas a maquiagem de um efeito marcante quando eles estão dançando", conta Jair. Resumindo: além das duas noites no teatro, os rapazes apresentaram-se mais nove vezes em palcos alternativos da cidade.

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