O Dia Mundial da Alimentação está sendo comemorado em todo o Paraná, nesta quinta-feira (16). Na região Sudoeste, alunos de escolas públicas de Pato Branco e Francisco Beltrão experimentaram um cardápio diferente durante a semana. As refeições servidas na merenda escolar foram preparadas com produtos orgânicos, cultivados sem o uso de agrotóxicos. Nas salas de aula, no lugar das crianças, pais e merendeiras ouviram palestras sobre alimentação saudável. Nutricionistas e técnicas do Fórum Regional de Segurança Alimentar e Nutricional (Fresan) ensinaram como criar um cardápio mais nutritivo, com alimentos comuns, e como manter uma horta doméstica, dentro de casa ou do apartamento. As atividades são organizadas pelos escritórios regionais da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, pelos núcleos regionais de Educação, Regionais de Saúde, Assistência Social e secretarias municipais. Participam também a Universidade Paranaense (Unipar), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e Faculdade de Pato Branco (Fadep). Para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, as ações de conscientização junto aos mais jovens são de extrema importância. “A criança desnutrida tem seu desempenho escolar afetado e dificuldades de crescimento. Já a criança que têm uma alimentação errada, sofre com os problemas da obesidade infantil e, da mesma forma, tem o aprendizado comprometido”, afirmou. REEDUCAÇÃO – “O objetivo é mostrar que é possível preparar refeições saborosas e nutrientes. Se a família muda o comportamento alimentar, evitando um café da manhã pobre em frutas, lanches gordurosos e jantares extremamente calóricos, a criança cresce com mais saúde. Criam-se então, hábitos mais saudáveis que vão acompanhá-la pela vida toda”, explica Mariluz Zanin Petry, chefe da regional Secretaria do Trabalho, em Francisco Beltrão,. Em 42 municípios do Sudoeste, a população vai receber orientação sobre os cuidados necessários para manter uma dieta equilibrada. Serão feitas avaliações nutricionais, testes de glicemia e distribuição de mudas de árvores nativas. Gestantes e idosos receberão orientação especifica sobre a alimentação mais adequada. “É importante que a comunidade se conscientize dos assuntos relacionados ao tema da alimentação saudável. Estamos vencendo a luta contra a fome, mas temos que pensar também no oposto disto, que é a obesidade infantil, o desperdício de comida, os riscos dos alimentos transgênicos e geneticamente modificados e o alto consumo de produtos industrializados”, analisa Luciane Girolometto Favin, chefe do Escritório Regional de Pato Branco. AVANÇOS - Nos últimos anos, os índices de desnutrição infantil no Paraná registram redução significativa. O resultado mostra queda de 7% para 4,2%, em crianças abaixo de 5 anos, que estavam com baixo peso. O mesmo levantamento aponta que, em 2003, 8,8% dessas crianças estavam em risco nutricional e 4,1% com sobrepeso. Atualmente, esses índices encontram-se em 7,5% e 4,8%, respectivamente.