Os agentes penitenciários vinculados ao governo do Estado estão incluídos entre os 23 mil servidores das categorias de execução e apoio que têm os menores salários e que serão beneficiados com ajustes previstos para daqui a cerca de dois meses. A informação foi repassada nesta quinta-feira (10) pelo secretário da Administração e da Previdência, Reinhold Stephanes, a uma comissão de representantes do sindicato dos agentes penitenciário. O secretário acrescentou que o governo está preparando concurso público para acabar com a terceirização da segurança nas penitenciárias do Paraná. Custos - “Para atender às necessidades de ajustar os menores salários do quadro de funcionários do executivo, o governo do Estado terá um custo extra de R$ 5 milhões ao mês”, calculou Stephanes. Desde o início do governo - lembrou ainda o secretário - o Estado vem assumindo os custos de ajustes que foram concedidos pela gestão anterior para serem implementados a partir deste ano. No caso dos agentes, comentou Stephanes, o Estado vem atuando de forma efetiva há alguns meses. Por isso, o governo considerou estranha a ameaça de greve da categoria. Mesmo depois de tranqüilizar os agentes, o secretário agendou nova reunião para discutir as soluções em andamento com o sindicato da categoria para daqui a 15 ou 20 dias. Tabela - A diretoria do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria da Administração já está ajustando a nova tabela salarial para os agentes penitenciários e outras categorias de execução e apoio. “As outras reivindicações dos agentes penitenciários são relativas a detalhes específicos da carreira, que também serão contemplados na elaboração do plano de cargos e salários”, afirmou Stephanes. Casa Civil - Representantes dos agentes penitenciários também estiveram com o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, de quem receberam igualmente a garantia de que o governo vem promovendo os avanços que pleiteiam. De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário, Sandra Duarte, os agentes saíram do encontro com Caíto Quintana mais tranqüilos. “Agora vimos que estamos na pauta do Governo. O sistema penitenciário é para o servidor do Estado. Os que vieram de fora sucatearam o sistema, o que mostrou que a terceirização não é viável”, afirmou.