Agências do Trabalhador começam oferecer financiamento com juros de 0,56% no dia 29

A partir do dia 29 de setembro a Agência de Fomento dará início aos empréstimos com juros de 0,56% ao mês para micro e pequenos empreendimentos
Publicação
23/09/2009 - 10:22
As Agências do Trabalhador de 123 municípios do Paraná se preparam para receber os interessados em empréstimos do Programa Estadual de Microcrédito – Banco Social. A partir do dia 29 de setembro os agentes de desenvolvimento treinados pela Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, em parceria com a Agência de Fomento, darão início aos empréstimos com juros de 0,56% ao mês para micro e pequenos empreendimentos. Quem usava o crédito do programa comemora a redução nas taxas e adianta que repetirá o empréstimo. “Os juros estão baixos, é quase um presente”, disse Madalena Aparecida Siqueira, moradora de Conselheiro Mairink, no Centro Expandido, região do mais pobre do Paraná. Ela viu as vendas do Café da Tia Tita saltarem de 50 quilos por mês para 500 quilos por mês com a ajuda do Banco Social. A moagem e o empacotamento do produto, que antes era feito por ela e os pais aposentados de maneira artesanal, agora emprega toda a família. “Meus filhos que tinham ido para Curitiba procurar emprego voltaram para nos ajudar. Nossa renda vem do café e nossa pequena fábrica é a principal fonte de renda da família”. “O mais importante para mim é que o Banco Social não é só dinheiro. Tem acompanhamento, suporte, orientação. O agente de crédito foi comigo até a loja para verificar preço do moedor, ajudou na elaboração de planos de ação, enfim, foi um grande amigo”, afirma. No município vizinho, em São Jerônimo da Serra, Adnan Tadeu de Souza pediu crédito no Banco Social para ajudar na compra de uma máquina de beneficiamento de grãos. Hoje ele vende arroz de qualidade para o programa Compra Direta, do governo Federal. “Não tem demora, nem carência. Paguei em seis vezes e estou mais do que satisfeito com o resultado”, disse Souza. Com empréstimos do Banco Social o empresário Pedro José Soares, de Apucarana, Norte pioneiro, comprou máquinas de costura e conseguiu capital de giro para fabricar camisas e camisetas. Hoje, além dele, seis pessoas estão envolvidas no negócio e novas contratações já estão programadas. “O microcrédito veio há menos de um ano e as mudanças são grandes. Comprei quatro máquinas para as costureiras, empreguei uma pessoa para pregar os botões, uma para auxiliar nos trabalhos e agora preciso de alguém para me ajudar nas atividades administrativas”. Em Palotina, no Noroeste, o crédito facilitado também ajudou na pequena confecção de roupas de Jovilde Fibane. Com dinheiro para comprar mais tecido, ela aumentou a produção e deixou de trabalhar sozinha, contratou duas outras costureiras e dobrou o número de clientes. “O juro do programa é baixo e é fácil pagar as parcelas. Consegui comprar mais tecido de qualidade, procurei mais gente para me ajudar e consegui mais trabalho”, disse Jovilde. Na mesma cidade, a lojista Cleuza Gubert Dreon usou os empréstimos do Banco Social para comprar móveis e produtos para a recém-inaugurada loja de brinquedos infantis. O microcrédito deu impulso para o novo negócio que hoje é lucrativo e conta com equipe de quatro pessoas. “Quando a gente está começando precisa de um empurrãozinho. O programa foi essencial para dar início ao nosso sonho e foi muito fácil de conseguir, é só ter o nome limpo e os dados completos, e muito tranquilo de pagar”.

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