Agência de Fomento do Paraná servirá de modelo para São Paulo


Para isso conhecer detalhes, empresários e representantes de órgãos públicos paulistas participam nesta terça-feira (3) de uma palestra do presidente da agência paranaense, Antônio Rycheta Arten
Publicação
02/04/2007 - 18:50
Editoria
A Agência de Fomento do Paraná vai servir de modelo para uma instituição de crédito que está sendo criada pelo governo de São Paulo com o apoio da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp). Para conhecer os detalhes, empresários e representantes de órgãos públicos paulistas participam nesta terça-feira (3), às 14h30, de uma palestra do presidente da agência paranaense, Antônio Rycheta Arten. “A nossa agência de fomento é um dos modelos bem avançados e está servindo de referência para a criação de outras”, adiantou Rycheta, para quem a agência do Paraná tem papel fundamental para suprir a lacuna deixada pelo antigo Banestado e pelo Badep. “Somos, junto com o BRDE, a única instituição financeira que restou no Paraná para atender as políticas públicas de financiamento”. O seminário “Construindo a Agência de Fomento Paulista”, que começa às 8:30 horas, está sendo organizado pela Decomtec – Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp – e representa o início do esforço conjunto entre o governo de São Paulo e a Fiesp para a construção de uma política de desenvolvimento para o Estado paulista. “No Paraná, a agência está com quatro anos e tem dado certo”, destaca Rycheta. “Na prática, o fomento representa baixa rentabilidade, porque as aplicações, que equilibram o resultado, têm para o Estado efeito social e não econômico. Flexibilidade do crédito não significa falta de auto-sustentabilidade de ativos. Não se trata de assistencialismo, tampouco de paternalismo. Os recursos investidos devem retornar à origem para financiar novos projetos”, afirma. Rycheta pretende dizer aos empresários paulistas que a Agência de Fomento do Paraná não se preocupa com a quantidade de operações, mas com o aprimoramento na aplicação de recursos, com a capacitação e com os parceiros como Sebrae, Fecomércio, Fiep e Faciap. “É preciso despertar para ousadia, criatividade e inovação na hora de concessão de crédito. Estamos desenvolvendo ações integradas com as demais Secretarias de Estado, buscando fortalecer o equilíbrio regional, a ampliação das oportunidades locais, agregando valor setorial e não pulverizando recursos”. O presidente da Agência de Fomento destaca ainda a política fiscal implantada pelo governador Roberto Requião que isenta micro e pequenas empresas do ICMS. “Esta medida beneficia cerca de 148 mil empresas de um total de 223 mil estabelecimentos ativos. Com isso, o Paraná contribui para a viabilidade econômica dos pequenos empreendimentos e a agência de fomento pode atuar como estimuladora de empregos, ajudando no desenvolvimento socioeconômico do Estado”. Juro menor - Por determinação do governador Roberto Requião, desde o começo do ano, a taxa de juros cobrada pela agência foi reduzida de 1,5% para 1% ao mês para os contratos de microcrédito destinados aos micro e pequenos empresários e aos agricultores familiares. Além disso, foi ampliado o limite de crédito de R$ 5 mil para R$ 10 mil. Desde o início das atividades, em 2001, até novembro de 2006, foram realizadas 30.200 operações de empréstimo, que totalizaram R$ 105,8 milhões e beneficiaram cerca de 200 mil pessoas direta e indiretamente. Nesse período, a maioria dos empréstimos, mais de 75%, foi solicitada para investimento fixo, aquele aplicado em reformas, compra de balcões e outros móveis. Outros 15% foram usados como capital de giro, outra modalidade de empréstimo da agência.

GALERIA DE IMAGENS