O Centro de Socioeducação São Francisco, em Piraquara, realizou nesta quinta-feira (19) a assinatura dos novos Planos Personalizados de Atendimento (PPAs). Nesta sétima edição do PPA, 11 adolescentes serão beneficiados com a medida, que tem como objetivo traçar metas individualizadas para cada interno. Essas metas são feitas com base nas aptidões, expectativas e necessidades particulares dos adolescentes. O PPA foi uma das formas encontradas pela Secretaria de Estado da Criança e da Juventude para atender às exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente no que diz respeito à ressocialização dos internos, de maneira individualizada. O diretor do Cense São Francisco, Júlio César Botelho, explica que uma equipe multidisciplinar formada por pedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, profissionais da área de saúde, educadores sociais, além de uma equipe administrativa, avalia o histórico e o perfil de cada um dos internos. A partir deste diagnóstico, são traçadas as metas a serem atingidas por cada um dos adolescentes no período em que permanecerão no Cense. São tarefas que variam desde atividades simples como estabelecer horários para as tarefas pessoais, arrumar a cama e adotar palavras cordiais no vocabulário até o cumprimento do currículo escolar e o aprendizado de um ofício, visando uma qualificação profissional. “O tempo que o adolescente vai passar dentro da unidade não muda. Mas ele tem a oportunidade de decidir se quer aproveitar melhor este tempo. Todo o trabalho é feito buscando a ressocialização do interno, com base nas informações que ele mesmo fornece, ao mostrar seus interesses e aptidões”, afirma Botelho. Com o plano traçado, o adolescente participa inclusive de atividades externas ao centro de socioeducação. “Ele tem a oportunidade de descobrir suas habilidades naturais, áreas que têm interesse em explorar, além de contar com cursos e meios para sua qualificação. E tendo metas a cumprir, o tempo é utilizado de forma racional, não se desperdiça tempo e nem energia”, destaca o diretor da unidade. Para os profissionais que acompanham estes adolescentes, o PPA também é uma importante ferramenta para acompanhar a evolução do trabalho. Graças às metas traçadas, é possível mensurar se os objetivos estão sendo alcançados. “Com este trabalho articulado, temos um grande retorno dos adolescentes e percebemos o quanto eles amadurecem e resgatam os vínculos familiares”, comenta a coordenadora do PPA no Cense São Francisco, Carla Pereira Navarro Lins. Desde a implantação do PPA na unidade, em julho de 2008, 45 garotos já passaram ou estão passando pelo programa. O Centro de Socioeducação São Francisco conta hoje com 103 internos. O PPA é estruturado cerca de 60 dias após o ingresso do interno na unidade e atualizado periodicamente, inserindo-se as novas metas a serem alcançadas pelos meninos.