O secretário especial para Assuntos Estratégicos Nizan Pereira irá apresentar nesta terça-feira (20), durante a reunião da Escola de Governo, as políticas de inserção social desenvolvidas no Paraná nos últimos três anos para os segmentos étnicos historicamente excluídos, com ênfase nos povos indígenas.
“Criar oportunidades para quilombolas, indígenas, homossexuais é obrigação dos governos, cumprindo preceitos constitucionais”, afirma o secretário Nizan. Segundo ele, a diversidade cultural brasileira é uma das grandes riquezas do país.
“Criamos políticas direcionadas prioritariamente aos mais pobres e às minorias, sem diferenciá-los entre si. Só os governos progressistas pensam na busca pela igualdade com respeito à diversidade cultural”, ressalta o secretário.
Durante a apresentação, serão detalhados o andamento e os benefícios de Programas como o “Luz Fraterna”, “Programa do Leite”, Provopar, implantação de Telecentros, programas ambientais e o espaço multicultural indígena, inaugurado recentemente no Parque Newton Freire Maia.
Será destaque ainda o fim do déficit habitacional em terras indígenas, com o Programa “Casa da Família Indígena”, da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), que já construiu 955 moradias.
Os projetos das casas foram desenvolvidos observando a arquitetura tradicional de cada uma das etnias existentes no Paraná – Caingangue, Guarani e Xetá, inserindo necessidades atuais como água encanada, luz elétrica, construção em alvenaria, telhas em barro e janelas de vidro.
Serão assinados convênios entre as Secretarias de Assuntos Estratégicos e do Meio Ambiente para a inclusão das comunidades indígenas no Programa Mata Ciliar, inclusão de um representante indígena no Conselho Estadual do Meio Ambiente e criação da brigada indígena de vigilância e fiscalização ambiental na área de Mangueirinha.
De acordo com o secretário Nizan Pereira, a terra indígena de Mangueirinha concentra a maior reserva de araucária do Sul do país. “Iremos indicar 14 indígenas e um coordenador para compor o programa, atuando no patrulhamento integral de divisas das áreas indígenas com propriedades rurais”, detalhou. O Programa prevê a implantação de três postos de vigilância fixos, veículos para fiscalização, kits contra incêndio e integração efetiva com a Força Verde.
Sobre a inclusão pioneira de um representante indígena no Conselho Estadual do Meio Ambiente, o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, disse que a medida irá contribuir na elaboração e aprovação de propostas, visando a proteção ambiental do Paraná.
“Devido ao histórico relacionamento dos índios com a natureza, mantendo sempre o equilíbrio ambiental e exploração racional dos recursos naturais, teremos bons exemplos a serem discutidos”, lembrou Rasca.
O Estado conta hoje com pouco mais de 13 mil índios das etnias Caingangue, Guarani e Xetá, vivendo em 27 locais diferentes no Paraná, sendo 17 terras demarcadas e regularizadas.
Ações voltadas às comunidades indígenas
serão apresentadas na Escola de Governo
Serão detalhados os benefícios de Programas em andamento e assinados convênios para a inclusão das comunidades indígenas no Programa Mata Ciliar e no Conselho Estadual do Meio Ambiente
Publicação
19/06/2006 - 06:00
19/06/2006 - 06:00
Editoria