As ações da Copel passarão a integrar oficialmente o Nível 1 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa, a partir de quarta-feira (07). Isso significa que os papéis da companhia vão participar de um nicho de mercado ao qual têm acesso apenas as empresas de capital aberto, formalmente comprometidas com a transparência de gestão e os princípios da governança corporativa, que incluem o respeito e a prática de valores como a ética e a responsabilidade socioambiental.
O ingresso da Copel nesse rol de empresas será formalizado em um evento, minutos antes da abertura do pregão, quando dirigentes da Bovespa entregarão ao presidente da companhia, Rubens Ghilardi, o certificado de adesão da empresa às exigências do Nível 1 de Governança Corporativa. Em seguida, na companhia de outros diretores, Ghilardi será convidado a acionar a campainha que marca o início dos negócios do dia na casa.
A migração das ações da Copel para o seleto grupo de empresas que assumem formalmente perante o mercado o compromisso de conduzir-se sempre com absoluta transparência, divulgando informações exatas e fiéis, é interpretada pelo presidente Rubens Ghilardi como “um passo importante, porém natural” dentro de uma filosofia de trabalho que se fundamenta na gestão responsável e ética dos negócios da Companhia.
“Quando o governador Roberto Requião deu início em 2003 ao projeto de recuperar e reconstruir a Copel, devastada e abalada pela malograda aventura da privatização, determinou que fossem criados e adotados mecanismos de controle que garantissem e perpetuassem a transparência necessária para evitar que os erros que quase levaram a empresa à insolvência pudessem vir a se repetir”, sustenta Ghilardi. “A transparência absoluta e a constante vigilância do mercado e da sociedade são os melhores antídotos contra as más práticas de gestão”.
VALORIZAÇÃO – Desde que abriu seu capital e passou a ter ações negociadas na Bolsa de São Paulo, em abril de 1994, a Copel tem buscado manter-se integrada às boas práticas recomendadas e apreciadas pelo mercado financeiro, aprimorando os seus mecanismos de controle e adotando posições de vanguarda em termos de sustentabilidade empresarial. Em razão disso, desde 1999 suas ações integram o IBovespa – índice que mede a temperatura do mercado e que é integrado pelos papéis das companhias mais negociadas e de maior liquides nos pregões da casa. As ações da Copel também estão no ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial, um nicho criado pela Bovespa em 2005 onde figuram empresas reconhecidamente comprometidas com as boas práticas.
“A migração da Copel para o Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa é uma seqüência lógica nessa evolução”, diz seu presidente. “Para a empresa, isso significa o reconhecimento formal do principal centro financeiro do país à seriedade e transparência de gestão que estamos praticando, além de significar expressivo impulso à consolidação das suas boas práticas de gestão”.
Para Rubens Ghilardi, o ingresso no Nível 1 valoriza a empresa perante o mercado como instituição séria e comprometida e, ao mesmo tempo, garante segurança aos investidores. “Assumimos o compromisso de que todas as informações relevantes da Companhia estarão sempre à disposição com rapidez, confiabilidade e precisão”.
NÍVEIS – A Bolsa de São Paulo começou a implantar no final do ano 2000 níveis diferenciados de governança corporativa para as empresas com ações negociadas na casa, criando segmentos capazes de valorizar as companhias e estimular o interesse dos investidores. Assim, conforme o grau de compromisso assumido com a Bovespa, as empresas são listadas no Nível 1, Nível 2 e no chamado Novo Mercado – o de maior seletividade e grau de exigências.
Existem hoje 43 companhias listadas no Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa. Do setor de energia elétrica, lá estão, entre outras, a Eletrobrás, Cesp e Cemig.