Ações da Copel completam um ano em seu novo nível da Bovespa

Liquidez de ações da Copel cresceu 38% depois da migração ao Nível 1 de Governança Corporativa
Publicação
06/05/2009 - 16:19
Editoria
As ações da Copel completam, nesta quinta-feira (7), um ano de participação no Nível 1 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa. Nesse segmento especial participam apenas companhias de capital aberto formalmente comprometidas com boas práticas de gestão, tais como a ética e a absoluta transparência nas informações prestadas ao mercado. Como resultado da migração da empresa para o Nível 1, a liquidez das ações da Copel cresceu 38,43%, comparando-se o volume médio de negócios nas dez semanas que antecederam a mudança com as dez semanas seguintes. “A média semanal de negócios com nossas ações saltou de 3.363 para 4.656 operações, ainda antes de serem percebidos os primeiros sinais da crise financeira internacional”, detalhou o presidente Rubens Ghilardi. “Isso demonstra que migrar para o Nível 1 da Bovespa ampliou a confiança do mercado, principalmente dos pequenos investidores, na fidelidade, clareza e exatidão das informações que recebem da Copel”. PROTEÇÃO – Para Ghilardi, a decisão da Copel de aderir formalmente às exigências de transparência feitas pela Bolsa de São Paulo para permitir seu ingresso no Nível 1 também visou proteger a empresa e seus acionistas contra os riscos de eventual má gestão. “O desejo do governador Roberto Requião, na condição de representante do acionista controlador da Copel, foi conferir à gestão da empresa mecanismos de controle e de vigilância, que assegurassem plena transparência às decisões e à condução dos negócios”, informou o presidente. “A transparência e a permanente vigilância, tanto da sociedade quanto do mercado, são os únicos fatores capazes de proteger a Copel dos riscos de ver repetida uma gestão ruinosa como a do início desta década, que colocou a Companhia numa situação de extrema dificuldade”. A observação de Ghilardi é uma referência aos contratos de compra de energia – cara e desnecessária – celebrados até 2002 por antigos dirigentes da Copel e que inviabilizariam definitivamente a empresa. Tais contratos, por determinação de Requião, foram todos rediscutidos e renegociados, permitindo à Copel num primeiro momento subsistir e, após, iniciar uma seqüência de resultados positivos em seus balanços, apurando de 2003 a 2008 um lucro líquido acumulado de R$ 4,475 bilhões. VALORIZAÇÃO – Desde que abriu seu capital e passou a ter ações negociadas na Bolsa de São Paulo, em abril de 1994, a Copel tem buscado manter-se integrada às boas práticas recomendadas e apreciadas pelo mercado financeiro, aprimorando os seus mecanismos de controle e adotando posições de vanguarda em termos de sustentabilidade empresarial. Como conseqüência disso, desde 1999 suas ações integram o IBovespa – índice que mede a temperatura do mercado e que é formado pelos papéis das companhias mais negociadas e de maior liquidez nos pregões da casa. As ações da Copel também ajudam a compor outros índices da Bolsa de São Paulo, como o IBX-50 (seleção das 50 ações mais negociadas), o IGC – Índice de Governança Corporativa (onde figuram ações das companhias que aderiram aos Níveis 1, 2 e 3 de Governança Corporativa da Bovespa) e o IEE – Índice de Energia Elétrica, que reúne apenas as ações de empresas de capital aberto do setor elétrico. NÍVEIS – A Bolsa de São Paulo começou a implantar no final do ano 2000 níveis diferenciados de governança corporativa para as empresas com ações negociadas na casa, criando segmentos capazes de valorizar as companhias e estimular o interesse dos investidores. Assim, conforme o grau de compromisso assumido com a Bovespa, as empresas são listadas no Nível 1, Nível 2 ou Nível 3, também chamado de Novo Mercado, que é o de maior seletividade e grau de exigências. Existem hoje 40 companhias listadas no Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa. Do setor de energia elétrica, lá estão, entre outras, a Eletrobrás, Cesp e Cemig.